(Lusa) - O líder parlamentar do
PS criticou hoje a desigualdade entre pessoas que perdem o rendimento social de
inserção por questões burocráticas e outros cidadãos que passam anos sem
cumprir as obrigações contributivas "e nada lhes acontece".
Ferro
Rodrigues fez esta referência indireta ao caso da carreira contributiva do
primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, numa nota de improviso introduzida no
seu discurso de abertura das Jornadas Parlamentares do PS, em Gaia.
Numa
fase da sua intervenção em que defendia a existência de um aumento das
desigualdades sociais nos últimos três anos e em que se insurgia contra os
cortes nas prestações sociais, o líder parlamentar do PS disse: "É uma
vergonha tantas famílias viveram numa situação de miséria e terem ficado sem
direitos em matéria de rendimento social de inserção, muitas vezes por
problemas burocráticos e de incapacidade de responder atempadamente a
determinadas solicitações do sistema".
"Isto,
quando nós vemos tantos outros exemplos de pessoas que estão anos sem cumprir
as obrigações do sistema e que nada lhes acontece em nenhuma matéria",
afirmou.
Uma
frase de Ferro Rodrigues que motivou de imediato uma salva de palmas por parte
dos deputados socialistas, antes de o presidente do Grupo Parlamentar do PS
acusar também o Governo de ter desencadeado um ataque contra os reformados e
contra os funcionários públicos ao longos dos últimos três anos e meio.
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