Hipocrisia sem limites. Juncker reconhece agora que "Pecámos contra a dignidade dos cidadãos na Grécia, Portugal e muitas vezes na Irlanda também". Só veio dar razão ao PS, com mais de três anos de atraso. Só a direita PSD/CDS insistiu numa receita que sempre esteve errada, perdeu a decência, e exigiu sempre mais do que o necessário
(Expresso) "Presidente
da Comissão Europeia reconhece que falta "legitimidade democrática" à
troika e aponta "erros" no passado, garantindo que o objetivo é não
repeti-los no futuro.
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude
Juncker, admitiu hoje que a 'troika' "pecou contra a dignidade" de
portugueses, gregos e também irlandeses, reiterando que é preciso rever o
modelo e não repetir os mesmos erros.
"Pecámos contra a dignidade dos cidadãos na Grécia, Portugal e muitas vezes na Irlanda também", disse Juncker perante o Comité Económico e Social, admitindo que a afirmação pode parecer "estúpida" dita pelo ex-presidente do Eurogrupo, refere a agência noticiosa Efe.
"Pecámos contra a dignidade dos cidadãos na Grécia, Portugal e muitas vezes na Irlanda também", disse Juncker perante o Comité Económico e Social, admitindo que a afirmação pode parecer "estúpida" dita pelo ex-presidente do Eurogrupo, refere a agência noticiosa Efe.
"Mas temos de aprender as nossas lições do
passado e não repetir os mesmos erros", acrescentou, citado pela Efe,
recusando-se a comentar o impasse das negociações com a Grécia, apenas
indicando que a situação foi discutida no colégio de comissários.
Juncker teceu ainda críticas à anterior Comissão
Europeia (CE) liderada por Durão Barroso, ao afirmar que "antes não se
falava em absoluto" na Grécia porque se "confiava cegamente no que
dizia a 'troika'", formada pela CE, Fundo Monetário Internacional e Banco
Central Europeu.
O atual presidente da CE insistiu na ideia de que
falta à 'troika' legitimidade democrática, apesar de considerar que as três
instituições que a formam devem estar presentes na estrutura.
"Quando chegar o momento tudo isto deve ser
revisto", afirmou, sublinhando, contudo, que os países devem continuar a
seguir o caminho da consolidação das finanças públias, porque não devem
hipotecar o futuro de outras gerações.
Ainda sobre o funcionamento da 'troika', Juncker
declarou: "Não critico os funcionários, mas não se coloca um alto
funcionário perante um primeiro-ministro ou um ministro. Há que colocar frente
a eles um comissário ou um ministro sob a autoridade do presidente do
Eurogrupo".
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