quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Paulo Macedo é um ministro que acorda sempre tarde para os problemas?

A afluência às urgências é mais intensa em circunstâncias e momentos do ano bem conhecidosNada de novo, portanto. 
A única novidade é que nada se faz para prevenir. O ministro reconhece falta de médicos e de camas, opinião seguida pelos administradores hospitalares. Sendo assim, por que motivo o ministro trabalha sempre no "fio da navalha"? Porque perdeu a capacidade de fazer melhor. 
Perguntei-lhe, em 2014, na Comissão de Saúde, se estava disponível para acompanhar o PS numa articulação inteligente entre cuidados primários, hospitalares e continuados. Respondeu, serenamente, que sim, mas com a mesma tranquilidade nada fez. 
Sobre a dita "reforma hospitalar" promete que estará pronto o "estudo-proposta" (!?) em junho próximo, depois de quatro anos de governo. E, mais curioso ainda, assegura que será executada a partir de 2016, depois do próprio se ter ido embora por força do voto popular.
A entrada mediática que fez em 2015 foi com o anúncio de mais 10 ambulâncias, mas os falhanços no socorro durante 2013 e 2014, com a infeliz realidade, bem conhecida, espelhada na morte de várias pessoas, continuou a acontecer. A este propósito, o ministro para se defender, que não a população, mandou sempre fazer averiguações e inquéritos, mas durante estes anos não se conhecem os resultados. 
Os únicos frutos conhecidos são os da ação das polícias criminais que detetaram irregularidades graves, corrupção, envolvendo profissionais ligados à prescrição e comercialização de medicamentos. Mas esse tem sido um trabalho meritório das polícias e Paulo Macedo deve reivindicar para si os resultados no seu ministério que, tanto quanto eu saiba, é o da Saúde e não o da Justiça ou da Administração Interna.

Sem comentários:

Enviar um comentário