A distinção foi
co-atribuída à cientista portuguesa e ao físico teórico Lee Smolin, do
Instituto Perimeter, do Canadá.
Esta
é a primeira edição do prémio e os dois investigadores mereceram-no pela
«notável abordagem que visa reintroduzir o fluxo irreversível do tempo nas
fundações da física», justifica o juri do galardão.
Os
dois cientistas escreveram em conjunto um artigo intitulado O Universo enquanto processo de
eventos únicos. O trabalho foi publicado em outubro de 2014 no Physical Review D.
Marina
Cortês deu uma entrevista ao jornal Público em dezembro onde explica que o seu
artigo procura ajudar a responder à questão de porque é que o tempo está sempre
a avançar e nunca recua e porque é que o passado é sempre diferente do futuro.
«A física é a única ciência em que todas as leis funcionam tanto para a frente
como para trás, porque as nossas equações não incluem a direção do tempo»,
defende a investigadora.
Os
dois premiados escrevem no seu artigo que o espaço-tempo como o conhecemos
atualmente através da teoria da relatividade não é um componente
fundamental,base do Universo. O espaço-tempo pode ser dividido em elementos
mais pequenos, apelidados de eventos.Estes elementos fundamentais do Universo,
ao se juntarem, dão origem ao espaço-tempo.
O
primeiro lugar neste prémio valeu uma compensação monetária de dez mil dólares.
O prémio será atribuído anualmente, divivido em três escalões.
Sem comentários:
Enviar um comentário