quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Desemprego: BdP desvenda mistério que já descodifiquei há meses

Estas notícias são, de facto, extraordinárias. "Os peritos do banco central conseguiram descobrir o que justifica um aumento do emprego na economia portuguesa acima do que seria de esperar.
Os peritos do Banco de Portugal conseguiram descobrir o que justifica um aumento do emprego na economia portuguesa acima do que seria de esperar dado o actual ritmo de recuperação da actividade: a resposta está nos estágios apoiados pelo Estado.
Através de dados da Segurança Social, os economistas do Banco de Portugal conseguiram isolar o efeito destas políticas activas de emprego no ritmo de criação de emprego privado. Em vez da taxa de crescimento homólogo registada no terceiro trimestre ser 2,5%, se o efeito destes estágios profissionais for retirado, a melhoria cai para apenas 1,6%. Este valor passa a ser mais concordante com o ritmo de crescimento registado ao longo deste ano (0,9%).
A resposta surge no Boletim Económico de Inverno do supervisor da banca, apresentado hoje, que prevê a continuação do crescimento gradual do emprego para o próximo ano.
Tal como o Diário Económico já noticiou, a dúvida tem vindo a intrigar vários economistas - desde peritos dos departamentos de research dos bancos privados, aos técnicos do próprio Ministério das Finanças, além da equipa do Banco de Portugal. É que os dados que têm sido revelados pelo Instituto Nacional de Estatística, através do Inquérito ao Emprego (que tem por base uma estimativa por amostragem), apontam para um aumento homólogo de 6% do emprego por conta de outrem no terceiro trimestre.
Por enquanto, será cedo para saber se estes estágios profissionais se vão converter em empregos com algum tipo de vínculo, ou sequer qual teria sido o comportamento das empresas caso estas políticas públicas não estivessem disponíveis. Contudo, ajuda a compreender melhor a evolução do mercado de trabalho e a moderar o grau de dinamismo que lhe é atribuído." (Conteúdo publicado no Económico à Uma)

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