Estas notícias são, de facto, extraordinárias. "Os
peritos do banco central conseguiram descobrir o
que justifica um aumento do emprego na economia portuguesa acima do que seria
de esperar.
Os
peritos do Banco de Portugal conseguiram descobrir o que justifica um aumento
do emprego na economia portuguesa acima do que seria de esperar dado o actual
ritmo de recuperação da actividade: a resposta está nos estágios apoiados pelo
Estado.
Através de dados da Segurança Social, os economistas do Banco
de Portugal conseguiram isolar o efeito destas políticas activas de emprego no
ritmo de criação de emprego privado. Em vez da taxa de crescimento homólogo
registada no terceiro trimestre ser 2,5%, se o efeito destes estágios
profissionais for retirado, a melhoria cai para apenas 1,6%. Este valor passa a
ser mais concordante com o ritmo de crescimento registado ao longo deste ano
(0,9%).
A resposta surge no
Boletim Económico de Inverno do supervisor da banca, apresentado hoje, que prevê a
continuação do crescimento gradual do emprego para o próximo ano.
Tal como o Diário Económico já noticiou, a dúvida tem vindo a
intrigar vários economistas - desde peritos dos departamentos de research dos
bancos privados, aos técnicos do próprio Ministério das Finanças, além da
equipa do Banco de Portugal. É que os dados que têm sido revelados pelo
Instituto Nacional de Estatística, através do Inquérito ao Emprego (que tem por
base uma estimativa por amostragem), apontam para um aumento homólogo de 6% do
emprego por conta de outrem no terceiro trimestre.
Por enquanto, será cedo para saber se estes estágios
profissionais
se vão converter em empregos com algum tipo de vínculo, ou sequer qual teria
sido o comportamento das empresas caso estas políticas públicas não estivessem
disponíveis. Contudo, ajuda a compreender melhor a evolução do mercado de
trabalho e a moderar o grau de dinamismo que lhe é atribuído." (Conteúdo publicado no Económico à Uma)
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