Portugal e
Marrocos negaram autorização para fazer escala nos seus territórios a um
pequeno avião que transportava uma norueguesa infetada pelo vírus do Ébola na
Serra Leoa, afirma hoje a televisão espanhola Antena 3.
De acordo com a mesma fonte, o avião acabou
por fazer escala na ilha Grande Canária, onde foi ativado o protocolo de
segurança para estes casos.
A norueguesa, uma médica de 32 anos que
faz parte da organização Médicos Sem Fronteiras, é a primeira pessoa daquela
nacionalidade a ser infetada com Ébola, tendo sido retirada da Serra Leoa -- um
dos países mais afetados pelo vírus -- num avião médico.
Depois de as análises terem dado resultado
positivo, a mulher norueguesa iniciou uma longa viagem de repatriamento, para
Oslo, mas a meio do trajeto o piloto alertou para a necessidade de reabastecer
o avião.
Contactadas as autoridades portuguesas e
de Marrocos, nenhum dos países deu autorização para o avião aterrar, tendo o
piloto conseguido então parar na Grande Canária, explica a Antena 3.
O protocolo de segurança foi ativado, mas
a torre de controlo do aeroporto proibiu expressamente a saída do avião a
qualquer das pessoas ou objetos.
O aparelho esteve 40 minutos no local,
tendo reabastecido e iniciado a viagem rumo a Paris, onde fez escala para se
dirigir a Oslo, na Noruega.
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