(R. Renascença) - Ex-administrador da CGD diz que a falta
de liquidez das empresas já podia ter sido resolvida. E culpa o ex-ministro das
Finanças.
O
ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos, António Nogueira Leite, acusou o
ex-ministro das Finanças, Vítor Gaspar, de em 2012 deixar “na gaveta” 1.500
milhões de euros que serviriam para a capitalização das empresas.
Nogueira
Leite falava, durante o Fórum Empresarial do Algarve que acabou este domingo em
Vilamoura, da falta de capital próprio que as empresas portuguesas sofrem e da
pouca capacidade que as instituições públicas tiveram para conseguir “que as
empresas conseguissem aceder, num ambiente competitivo, a financiamento”.
Segundo
Nogueira Leite, esta era uma questão que também prejudicava os rácios de
transformação dos bancos (relação entre os créditos e os depósitos captados) e
que esteve para ser resolvida. Esteve?
“A
CGD em 2012 disponibilizou, em 2012, 1.500 milhões de ‘cash’ para financiar um
fundo de fundos de investimento que iria permitir dotar de fundos líquidos um
conjunto de instituições financeiras que já existiam em Portugal e que poderiam
fazer a triagem de onde investir ou não. O que aconteceu é que ficou na gaveta
do Dr. Gaspar, que entretanto foi para o Fundo [FMI]”, contou Nogueira Leite.
Foi
Gaspar, mas ficou o problema, disse o ex-administrador da Caixa. Nogueira Leite
diz que continuamos à espera de um Banco de Fomento, que à época lhe foi dada
como a razão para não capitalizar as empresas com os 1.500 milhões. “Iam
capitalizar com essa coisa fantástica que é o Banco de Fomento que vai em breve
fazer chegar dinheiro às empresas. Vai ser com certeza uma instituição
fantástica, como todas as instituições públicas em Portugal são”, ironizou.
“O que é facto é que estamos há três anos há espera de instrumentos próprios para capitalizar empresas”, rematou.
“O que é facto é que estamos há três anos há espera de instrumentos próprios para capitalizar empresas”, rematou.
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