Ao fim de 43 anos, uma equipa organizadora, muito especial, conseguiu juntar pela primeira vez dezenas de alunos de 1971 (3º ciclo) do Liceu Nacional de Viseu, atual escola Alves Martins.
O primeiro momento foi um "teste" à capacidade de reconhecimento e identificação, o recordar de caras, nomes, tudo muito próprio de quatro décadas de distância, embora estejamos todos em grande forma, quase na mesma -:)))) -:)))))
A manhã começou com uma visita ao nosso Liceu, orientada pelo inexcedível Augusto, funcionário responsável pela difícil, mas bem sucedida, missão. Reconhecemos cada lugar e de ada um vinha sempre à memória uma recordação. Biblioteca, ginásio, reitoria, secretaria, sala dos professores, recreio, laboratórios (...) tudo se modificou, para melhor.
O Liceu teve uma remodelação global, um investimento aproximado de 13,5 milhões de euros. (Tive o gosto de fazer a sua inauguração, como membro do governo, em 5 de outubro de 2010.)
As alterações físicas introduzidas foram decisivas para um equipamento que teve de dar resposta a mais de 3000 alunos, talvez cinco vezes mais do que em 1971.
Tecnologicamente, a evolução é par do que melhor se faz em toda a Europa e a comunidade educativa bem pode ter orgulho nos meios que passaram a estar ao seu alcance.
O Liceu, hoje, tal como no passado, é uma escola de referência no país e todos aqueles que ali trabalham têm obtido dos seus alunos resultados muito gratificantes, com reconhecimento público.
E ficou também a viagem de curso a Madrid e ao seu triângulo turístico. Para a poder fazer tivemos de realizar deslocações sucessivas, durante três dias, entre Viseu e Lisboa, à sede da António Maria Cardoso (PIDE) para obtermos a autorização necessária a um passaporte coletivo. Nunca nada estava completo ... éramos sempre "recambiados" para Viseu. Mas conseguimos!
Como nota, própria da época em que vivíamos, foi lembrada a impossibilidade de realizarmos um espetáculo com José Duarte (o que faz o programa 5 m de jazz) e Jorge Lima Barreto que, ao tempo, tinha a "Anar Jazz Band". Não tardou muito para que o nome "Anar" fosse considerado subversivo pelas autoridades locais. Os nossos convidados, à chegada, foram identificados pela polícia, na saudosa estação de Viseu, o RIV cancelou o empréstimo de instrumentos e o espetáculo foi, assim, impedido.
Esta e outras memórias foram recordadas no almoço-convívio que se realizou no final, num conhecido restaurante da cidade, durante o qual todos contribuíram com as suas "histórias". Não faltaram fotografias d 1971, bem como as das famílias que se formaram, de filhos e netos. Vieram colegas de muitos pontos do país e ficou-nos a ideia de que no dia 10 de outubro de 2015, data do 2º encontro, seremos muitos mais.
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