Marques Mendes, agora, mas Mota Amaral e muitos outros militantes do PSD têm a mesma opinião sobre Passos Coelho: deveria ter explicado, logo! Cai por terra o ensaio do PSD sobre a acusação, insinuação ou intervenção do PS. Afinal, o que disse na AR ficou bem mais aquém do que estas opiniões no próprio PSD!
"O primeiro-ministro devia ter explicado logo e não deixar adensar
as dúvidas sobre o caso Tecnoforma, defende o comentador.
O
comentador da SIC, Luís Marques Mendes, defendeu este sábado à noite que Passos
Coelho cometeu um "erro monumental" ao ter deixado adensar as
suspeitas em torno do caso Tecnoforma e que persistem dúvidas, nomeadamente
relacionadas com os pagamentos do Centro Português para a Cooperação (CPC), que
o primeiro-ministro ganhava em poder explicar.
"Acho
que se ele pudesse reconstituir os pagamentos, a esta distância, talvez fosse
útil. Admito que as pessoas não tenham ficado totalmente esclarecidas, demorou
muito tempo a explicar estas matérias. Um político tem de explicar. Devia ter
explicado logo, tudo de uma vez. Passos Coelho foi vítima dele próprio",
considerou.
Apesar
de referir que, do ponto de vista da seriedade, Passos "não oferece
dúvidas", Marques Mendes apontou que o primeiro-ministro "tem de
gerir politicamente melhor" as situações.
"Isto acontece muito comigo"
Quando
questionado sobre a sua própria ligação ao CPC enquanto fundador, Marques
Mendes disse que é habitual colaborar no lançamento de projectos com fins como
os daquela organização.
"Fui
fundador do CPC, que não tem nada a ver com a Tecnoforma. Não sabia como
funcionava, nada. Dei o meu nome e contributo como dou a muitas pessoas em quem
confio. Isto acontece muito comigo", argumentou.
Já
sobre o desconhecimento que manifestou sobre a entidade quando foi contactado
por um jornalista do "Público", o comentador respondeu desta forma:
"Teve
graça, sabe? Respondi ao Público que não me lembrava, porque não fui dirigente,
colaborador, nem trabalhador, nem recebedor. Mas depois lembrei-me que
participei na assinatura. Mas não tive intervenção activa".
E
deu o exemplo de outras associações - como a timorense Karingana Wa Karingana -
em que participa no acto da fundação mas onde depois não desempenha funções.! (Económico)
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