domingo, 28 de setembro de 2014

Marques Mendes: "Passos Coelho foi vítima dele próprio"

Marques Mendes, agora, mas Mota Amaral e muitos outros militantes do PSD têm a mesma opinião sobre Passos Coelho: deveria ter explicado, logo! Cai por terra o ensaio do PSD sobre a acusação, insinuação ou intervenção do PS. Afinal, o que disse na AR ficou bem mais aquém do que estas opiniões no próprio PSD!


"O primeiro-ministro devia ter explicado logo e não deixar adensar as dúvidas sobre o caso Tecnoforma, defende o comentador.
O comentador da SIC, Luís Marques Mendes, defendeu este sábado à noite que Passos Coelho cometeu um "erro monumental" ao ter deixado adensar as suspeitas em torno do caso Tecnoforma e que persistem dúvidas, nomeadamente relacionadas com os pagamentos do Centro Português para a Cooperação (CPC), que o primeiro-ministro ganhava em poder explicar.
"Acho que se ele pudesse reconstituir os pagamentos, a esta distância, talvez fosse útil. Admito que as pessoas não tenham ficado totalmente esclarecidas, demorou muito tempo a explicar estas matérias. Um político tem de explicar. Devia ter explicado logo, tudo de uma vez. Passos Coelho foi vítima dele próprio", considerou.
Apesar de referir que, do ponto de vista da seriedade, Passos "não oferece dúvidas", Marques Mendes apontou que o primeiro-ministro "tem de gerir politicamente melhor" as situações.
"Isto acontece muito comigo"
Quando questionado sobre a sua própria ligação ao CPC enquanto fundador, Marques Mendes disse que é habitual colaborar no lançamento de projectos com fins como os daquela organização.
"Fui fundador do CPC, que não tem nada a ver com a Tecnoforma. Não sabia como funcionava, nada. Dei o meu nome e contributo como dou a muitas pessoas em quem confio. Isto acontece muito comigo", argumentou.
Já sobre o desconhecimento que manifestou sobre a entidade quando foi contactado por um jornalista do "Público", o comentador respondeu desta forma:
"Teve graça, sabe? Respondi ao Público que não me lembrava, porque não fui dirigente, colaborador, nem trabalhador, nem recebedor. Mas depois lembrei-me que participei na assinatura. Mas não tive intervenção activa". 
E deu o exemplo de outras associações - como a timorense Karingana Wa Karingana - em que participa no acto da fundação mas onde depois não desempenha funções.! (Económico)


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