DGO o défice das administrações públicas ascendeu a 4.686 M€ nos primeiros 8 meses do ano.
Nota-se que o saldo primário da administração
central e da SS é negativo (-103M€), o que dá bem conta do facto de até agosto
Portugal já ter pago 4.662 M€ de juros da dívida pública, uma dívida que todos
os meses aumenta. Note-se que só em comissões já foram pagos à troika este ano
17 milhões e 700 mil euros!
Nota-se na conta da Administração
Central e SS a despesa cresce 3,3% em termos homólogos, e, contrariamente
à retórica do Governo, a questão não se prende unicamente com a reposição dos
corte nos vencimentos porque a aquisição de bens e serviços e as transferências
correntes continuam a aumentar, o que prova que o segundo rectificativo do ano
foi (também) motivado pela derrapagem da despesa. A despesa continua a aumentar
Esta é sobretudo também a
execução de um aumento da receita de impostos. A receita fiscal aumentou
7,7% nos primeiros 8 meses, com destaque para o IRS que sobe 11,8%, o que
representa mais 870 M€ do que em igual período de 2013. Ou seja, o ajustamento
orçamental é feito apenas e só à custa dos portugueses.
Em contraponto com o aumento de
impostos, as prestações sociais continuam a ser cortadas. O Subsídio de
desemprego reduz-se 15,2%, o abono de família cai 4,55%, o Complemento
Solidário Idosos retrai-se 16,6% e o Rendimento Social de Inserção diminui
7,1%. Infelizmente o Estado falha um mais é necessário e todos os dias sabemos
de mais casos de desempregados que ficam sem apoios
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