quinta-feira, 25 de setembro de 2014

DGO: Execução orçamental de agosto resume-se a aumento de impostos

DGO o défice das administrações públicas ascendeu a 4.686 M€ nos primeiros 8 meses do ano. 

Nota-se que o saldo primário da administração central e da SS é negativo (-103M€), o que dá bem conta do facto de até agosto Portugal já ter pago 4.662 M€ de juros da dívida pública, uma dívida que todos os meses aumenta. Note-se que só em comissões já foram pagos à troika este ano 17 milhões e 700 mil euros!

Nota-se na conta da Administração Central e SS a despesa cresce 3,3% em termos homólogos,  e, contrariamente à retórica do Governo, a questão não se prende unicamente com a reposição dos corte nos vencimentos porque a aquisição de bens e serviços e as transferências correntes continuam a aumentar, o que prova que o segundo rectificativo do ano foi (também) motivado pela derrapagem da despesa. A despesa continua a aumentar

Esta é sobretudo também a execução de um aumento da receita de impostos. A receita fiscal aumentou 7,7% nos primeiros 8 meses, com destaque para o IRS que sobe 11,8%, o que representa mais 870 M€ do que em igual período de 2013. Ou seja, o ajustamento orçamental é feito apenas e só à custa dos portugueses.


Em contraponto com o aumento de impostos, as prestações sociais continuam a ser cortadas. O Subsídio de desemprego reduz-se 15,2%, o abono de família cai 4,55%, o Complemento Solidário Idosos retrai-se 16,6% e o Rendimento Social de Inserção diminui 7,1%. Infelizmente o Estado falha um mais é necessário e todos os dias sabemos de mais casos de desempregados que ficam sem apoios

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