O conflito entre Frelimo e Renamo, os dois
maiores partidos do país, durava há mais de um ano.
O Governo de Moçambique e a Renamo, principal partido de oposição, assinaram, este domingo, em Maputo, um cessar-fogo e a base de entendimento para o fim das hostilidades no país.
O Governo de Moçambique e a Renamo, principal partido de oposição, assinaram, este domingo, em Maputo, um cessar-fogo e a base de entendimento para o fim das hostilidades no país.
No
final da 74ª ronda de diálogo, realizada no Centro de Conferências Joaquim
Chissano, o acordo foi anunciado pelo chefe dos observadores moçambicanos, o
académico Lourenço do Rosário. Para trás ficou mais de um ano de negociações.
"Mandatados
por Armando Emílio Guebuza, Presidente da República de Moçambique, e por Afonso
Dhlakama, presidente do partido Renamo, [os negociadores das duas partes]
declaram o cessar das hostilidades militares, em todo o território nacional com
efeitos imediatos", declarou Lourenço do Rosário.
Já
a 11 de Agosto, as duas partes tinham assinado três documentos essenciais para
o fim das hostilidades militares que assolam o país há mais de um ano. Os documentos foram subscritos pelo chefe da delegação do Governo e ministro da
Agricultura, José Pacheco, e pelo chefe da delegação da Renamo, Saimone
Macuiana.
Segundo a Agência de Informação de Moçambique
(AIM), as duas partes comprometeram-se com um memorando de entendimento sobre
os princípios gerais para o fim da violência militar, os termos de referência
da missão de observadores militares internacionais que vão fiscalizar o fim das
hostilidades, bem como os mecanismos de garantia de implementação dos acordos,
que incluem a aprovação de uma lei da amnistia para actos criminais que tenham
ocorrido durante o período de confrontação.
Afonso
Dhlakama vive em lugar incerto, algures na Serra da Gorongosa, no centro
de Moçambique, desde que o seu acampamento na região foi tomado pelo exército,
em Outubro do ano passado, no contexto dos confrontos.
As
hostilidades provocaram um número indeterminado de mortos e feridos na
região da Gorongosa e em resultado de ataques de homens armados da Renamo num
dos troços da principal estrada do país, na região centro moçambicana.
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