sábado, 26 de julho de 2014

Moody’s, melhorou classificação de risco da dívida e diz que BES não afeta

Moody's não espera que caso BES tenha impacto material no crédito português (Diogo Cavaleiro)  
O governo tem dinheiro disponível que já está contabilizado nas estatísticas nacionais. Mas uma injecção de capital poderá ser negativa.
A agência de notação financeira Moody’s, que melhorou hoje a classificação de risco da dívida portuguesa, não acredita que as dificuldades sentidas no Grupo Espírito Santo e seus efeitos no Banco Espírito Santo afectem verdadeiramente a dívida portuguesa.
"A Moody’s não espera que as incertezas em torno do BES tenham um impacto material no perfil de crédito do governo", indica a agência norte-americana numa nota emitida esta sexta-feira, 25 de Julho, uma data para a qual não estava calendarizada qualquer acção de "rating". A classificação passa a ser de "Ba1", um nível abaixo do grau especulativo.
A agência relembra que há 6,4 mil milhões de euros dos 12 mil milhões que, no âmbito do memorando de entendimento assinado em 2013, foram disponibilizados para a capitalização do sector financeiro. Este dinheiro está já incluído nas estatísticas nacionais, pelo que a sua utilização não configura uma perda para o país.
Contudo, diz a Moody’s no seu comunicado, a injecção de dinheiro no BES, a acontecer, poderá um impacto negativo no crédito português, já que será utilizada uma parte do dinheiro que, neste momento, é uma almofada de liquidez. Ou seja, uma garantia que é utilizada e que deixa de existir.
Nas últimas semanas, várias sociedades do Grupo Espírito Santo têm pedido protecções de credores, o que poderá ter um impacto nas empresas que são suas credoras, como é o caso do BES. O principal accionista do banco é o ESFG, uma dessas sociedades.

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