sexta-feira, 9 de maio de 2014

(Opinião) - O Governo esqueceu as escolas em Viseu

O ministro da Educação foi à AR, nesta terça-feira, anunciar o levantamento da suspensão de obra – PARQUE ESCOLAR -  nas seguintes escolas: secundárias de Amarante, Pinhal Novo, Silves, Dr. Mário Sacramento, Mem Martins, Gago Coutinho, Marco de Canavezes, Soares Basto, Loulé Escola, Luís de Freitas, da Trofa, Branco, escola básicas e secundária de Anadia, Castelo de Paiva e Dr. Manuel Fernandes.
Este gesto, em plenas campanha para as europeias, não passou em claro. Afinal, a Parque Escolar serve para continuar a cumprir o seu objetivo. Ao fim de três anos, apesar de críticas duríssimas feitas pela maioria PSD/CDS à empresa, o Governo não concretizou nenhuma alternativa. Apenas disse mal e, agora, experimenta o seu próprio veneno.
Assim, o programa de recuperação ou construção de novas escolas é agora retomado por aqueles que o criticaram e pela empresa que o estava a concretizar.
No nosso caso, em Viseu, o atraso e o prejuízo causados por este Governo são inaceitáveis. Para além do caso da escola Grão Vasco, sobre a qual o ministro nada disse, estavam na Parque Escolar, com obras em curso ou com processo concluído, as escolas secundárias de Resende, Latino Coelho (Lamego), São Pedro do Sul, Viriato (Viseu), Moimenta da Beira e Mangualde, para já não falarmos no enorme atraso que já levam as obras, em curso, em Oliveira de Frades.
O deputado socialista, Acácio Pinto, igualmente eleito por Viseu, vice-presidente da comissão de Educação, durante a audição, interpelou o ministro sobre o facto de nenhuma escola do nosso distrito constar da listagem, mas não obteve qualquer resposta.
De facto, não tivessem sido os governos do PS, o distrito nunca teria registado os investimentos que hoje tem nas escolas, nos equipamentos de saúde, nomeadamente no novo hospital de Lamego, nas IPSS ou misericórdias, nas barragens, no abastecimento de gás natural em Viseu, nas energias renováveis ou nas estradas, entre tantos outros exemplos possíveis.
Até já ninguém se lembra que os magníficos acessos à cidade foram objeto de contrato-programa com a nossa autarquia, mas convém não esquecer o encerramento de tribunais, repartições de finanças, extensões de saúde e tantos outros serviços.
Confirma-se assim, com mais este rude golpe, que este governo abandona, de uma forma inadmissível o interior e o distrito de Viseu, reiterado com o silêncio do PSD e do CDS e dos seus deputados eleitos por este círculo eleitoral.
E isto acontece, porque o PSD e CDS acham que em Viseu as eleições são sempre favas contadas e, portanto, o distrito pode ficar sempre para último. O PS já ganhou as eleições no distrito e talvez não haja uma sem duas. Talvez o Governo tenha um cartão vermelho nas europeias.                    

 DV 2014-05-07

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