Passos Coelho e o seu governo estão cada vez mais isolados, sobre o
presente e o futuro. O primeiro-ministro criticou asperamente o grande consenso
na sociedade portuguesa, da esquerda à direita, sob a forma de "Manifesto", que
rejeita a austeridade e o empobrecimento como o único caminho.
O PR terá tido uma intervenção em dois tempos. O tempo do "Prefácio" para
dizer que o governo falhou e o futuro, assim, não existe, pelo menos nos
próximos 20 anos. E o tempo do "Manifesto", para dizer que há outro caminho,
distinto da opção do governo, documento que também é assinado, ou sobretudo é
assinado, por assessores diretos do PR
Afinal, não é só o Secretário Geral do PS, António José Seguro, que
rejeita o fatalismo da austeridade e do empobrecimento e que espera do governo
e da Europa outra atitude.
Nota: Dois consultores do PR também assinaram o manifesto em defesa da
reestruturação da dívida pública. Vítor Martins foi secretário de Estado dos
Assuntos Europeus durante os 10 anos em que Cavaco Silva liderou o Governo e
ocupa, atualmente, a assessoria para os Assuntos Económicos e Empresariais da
Casa Civil. Armando Sevinate Pinto foi ministro da Agricultura no Governo de
coligação PSD-CDS/PP liderado por Durão Barroso. Atualmente é consultor para os Assuntos Agrícolas e Mundo Rural.
Sem comentários:
Enviar um comentário