É sempre bom quando não estamos sozinhos. Escrevi ontem: A ida aos mercados tem-se revelado como uma espécie de "empurrar o problema com a barriga". De facto, contraem-se novas dívidas para um prazo ulterior, mas ficamos mais endividados, porque não há crescimento.
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"A comentadora política e jornalista,
Constança Cunha e Sá, que falava ontem à noite na antena da TVI24,
contrariou o otimismo do Executivo quanto aos resultados da emissão de dívida
pública a 10 anos, assinalando que o Governo “está a empurrar com a barriga
para a frente um problema que mais tarde ou mais cedo vai cair em cima de nós,
porque isto [a dívida] não é pagável”.
“Como é que o país paga uma dívida com
estas taxas juro? Não é possível”. Grosso modo, a questão levantada pela
comentadora política Constança Cunha e Sá sintetiza aquela que é a sua posição
no que à emissão de dívida pública a 10 anos, realizada ontem, diz respeito.
No entender da jornalista, que falava na TVI24, a “dívida é insustentável”, sendo que “temos uma
taxa de juro que ainda é muito alta”, isto, quando Portugal está,
sensivelmente, a três meses de concluir o programa de ajustamento financeiro.
Assim, e em sentido contrário ao otimismo veiculado pela maioria governativa, Constança
Cunha e Sá lembrou que “temos um défice e não é pequeno” e que “estas taxas de
juro não são suportáveis”, pelo que se “está a empurrar com a barriga para a
frente um problema que mais tarde ou mais cedo vai cair em cima de nós, porque
isto não é pagável.”.
E, realçou ainda: “Toda a gente tem muito medo da reestruturação da dívida, mas ninguém consegue
explicar como é que se paga esta dívida”(...)
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