Tal como parecia "adivinhar" em vários artigos que publiquei, o défice foi muito mais pequeno do que a Troika exigia. E, segundo a ministra, mesmo sem receitas extraordinárias, ficaria sempre mais pequeno do que era necessário.
Como o país terminou 2013 em recessão, não foi pela produtividade e crescimento que o Governo conseguiu mais receitas. Foi, como estamos a dar conta, através de cortes que apanharam as pensões de sobrevivência, as reformas, os salários, o aumento do IRS, a tal CES (Contribuição Extraordinária de Solidariedade) o aumento dos descontos para a ADSE, a menor cobertura do sistema, enfim, uma teia de subtração ao nosso rendimento disponível. Para este ano, a partir de março, será ainda pior, como sabemos.
O Governo foi para além da Troika, preparou um clima publicitário de "suposto sucesso" para eleições, ficou noivo dos mercados, mas divorciou-se dos portugueses, inseriu-os num sofrimento desnecessário, como agora todos percebemos, transformou-os em acionistas involuntários do défice e não se lembrou deles para outra coisa.
O Governo está em pré-campanha, mas estou convencido de que os eleitores vão demonstrar à maioria que quando a inteligência foi distribuída, estávamos cá todos.
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