Os credores
internacionais regressam a Portugal já na próxima quarta-feira (dia 5) e na
carteira vão trazer, novamente, a intenção de reduzir salários no sector
privado, uma medida que, recorda o Diário Económico, já teve em discussão na
sétima avaliação ao programa de ajustamento. Esta medida foi e é, no entanto,
rejeitada pelo Governo.
Em cima da mesa na décima avaliação ao
programa de ajustamento, que terá início na próxima quarta-feira, estará
novamente o mercado laboral, destaca hoje o Diário Económico, frisando que uma
das questões que deverá voltar a ser discutida será a redução dos salários no
sector privado.
O Fundo Monetário Internacional (FMI), a
Comissão Europeia e o Banco Central Europeu (BCE), vão regressar a Lisboa com a
intenção de reduzir as restrições que existem no actual Código do Trabalho para
as reduções salariais, assim como as contribuições sociais para os novos
contratos e a descida do salário mínimo nacional para os jovens ou primeiros
anos de trabalho.
Mas, revela o Diário Económico, o Governo
de Passos Coelho apesar de não excluir a possibilidade de alterar uma ou outra
medida no mercado laboral, opõe-se a uma nova mexida nos salários.
A recuperação do emprego em Portugal, que
está a recuperar há seis meses consecutivos depois de dois anos de programa de
ajustamento que fez o desemprego bater recordes, através de novas ofertas de
trabalho mas com salários mais baixos dos praticados antes da chegada da troika
ao País, será o argumento que o Executivo apresentará para ‘bater o pé’ às
reduções.
Recorde-se que já nas anteriores
avaliações ao programa de ajustamento, designadamente no sétimo exame, os
credores internacionais avançaram com esta proposta, à qual desde sempre o
Governo se opôs.
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