segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Marcelo critica, alerta para 4 erros e para cortes "definitivos", tal como o PS

O falhanço deste governo também é o falhanço de Marcelo. Não vale a pena fazer as críticas ao governo, dizer mesmo que não presta e, depois, defender a tese do, apesar de tudo, "voltem a votar neles". 

E diz o pregador: "Os cortes só não são definitivos se a economia crescer. "O primeiro erro é que o memorando foi mal negociado", "é culpa também dos socialistas, PSD e CDS."; O segundo, defende, é que as prioridades foram mal definidas: "Vítor Gaspar já reconheceu, Pedro Passos Coelho ainda não reconheceu; E o terceiro erro é que o Executivo deveria ter tido "mais interesse em cativar" António José Seguro em 2011 e 2012; e o quarto é que há um erro de gestão política, uma vez que o primeiro-ministro renunciou à Reforma do Estado, 
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"Os cortes só não são definitivos se a economia crescer. Se a economia não crescer é óbvio que os cortes são definitivos. Basta fazer as contas. Porque falta crescimento económico e isso o Governo não soube explicar", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
Marcelo Rebelo de Sousa defendeu hoje, no seu comentário semanal na TVI, que há três erros no Orçamento do Estado (OE) para 2014 e alertou que os cortes na Função Pública podem ser "definitivos".
"O primeiro erro é que o memorando foi mal negociado", disse Marcelo, sublinhando que devia haver mais tempo para ser cumprido, o que "é culpa também dos socialistas, PSD e CDS."
O segundo, defende, é que as prioridades foram mal definidas: "Vítor Gaspar já reconheceu, Pedro Passos Coelho ainda não reconheceu. Os anos mais difíceis deviam ser 2011 e 2012, em que o Tribunal Constitucional estava mais aberto a deixar passar medidas."
E o terceiro erro é que o Executivo deveria ter tido "mais interesse em cativar" António José Seguro em 2011 e 2012, uma vez que "nessa altura ele aceitava tudo e agora com as eleições já não é assim."
Para Marcelo Rebelo de Sousa, há um erro de gestão política, uma vez que o primeiro-ministro renunciou à Reforma do Estado, que na sua opinião tinha "cortes com lógica", e deixou passar a ideia, através de Paulo, Portas de que este Orçamento estava a correr melhor, acabando por haver depois um "choque de expectativas." "O Governo aprova tudo à ultima hora", acusa.

Cavaco não pedirá a fiscalização do Orçamento
Questionado sobre as declarações do Presidente da República sobre o Orçamento, 
Marcelo Rebelo de Sousa disse acreditar que Cavaco Silva não pedirá a fiscalização preventiva. "No Panamá, Cavaco disse o mais importante, que [no passado] não pedia a fiscalização preventiva do Orçamento, porque os custos são enormes. Isto é politicamente muito bem pensado. É inteligente porque poupa uma crise", defendeu.
Segundo Marcelo, ao assumir esta posição o que o Chefe de Estado está a dizer que "quando vier uma decisão do Tribunal Constitucional, porventura a chumbar os cortes à Função Pública, lá para março, chegamos à troika e dizemos: agora só há uma maneira que é rever as metas do défice."
"O presidente com esta posição, que vai desagradar os partidos de esquerda e muito a CGTP, vai evitar uma crise política e uma crise orçamental", conclui.

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