"Se eu estivesse no
Governo e fosse responsável por este Orçamento rezava todas as noites para que
Tribunal Constitucional chumbasse bastantes medidas.
Pela simples razão de que
eu ficava bem vista perante a troika e perante os credores porque tinha tentado
tomar todas as medidas possíveis e imaginárias e simultaneamente não tinha os
efeitos de medidas absolutamente lesivas do interesse nacional, do progresso e
do crescimento", disse Ferreira Leite na TVI24.
A ex-candidata a
primeira-ministra mostrou-se ainda indignada pelos cortes nas pensões de
sobrevivência, uma vez que estes vão atingir sobretudo mulheres. "A grande
maioria dos cortes na pensão de sobrevivência vai afectar as mulheres, o que
significa que este corte ao ser feito desta forma cria injustiças relativas. A
medida como está desenhada neste momento vai afectar mais de 90% em mulheres e
nunca em homens".
Manuela Ferreira Leite
considerou ainda que este orçamento trata os salários como subsídios. "O
facto de haver um corte igual para toda a gente dá a sensação que o salário é
tratado como um subsídio, não é tratado como uma contrapartida de um serviço
que se preste".
Por fim, a
social-democrata denunciou a falta da presença dos partidos no OE. "Não
vejo em local nenhum onde é que está o CDS", disse, admitindo, porém, que
"há muitas zonas em que não vejo o PSD, porque veja ali pouca
sensibilidade social".
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