sexta-feira, 4 de outubro de 2013

António Seguro recusa a euforia da vitória e lembra os problemas dos portugueses

O secretário-geral do PS reiterou hoje o caráter "histórico" da vitória dos socialistas nas autárquicas, mas apelou para a recusa de uma atitude de euforia, e pediu para que se faça mais para aproximar as pessoas da política.
Estas posições foram defendidas por António José Seguro, segundo fonte oficial do partido, na sua primeira intervenção perante a Comissão Política Nacional do PS, na qual adiantou que a Convenção "Novo Rumo" se iniciará ainda este mês e que se destinará a elaborar a estratégia alternativa de Governo.
Perante os membros da Comissão Política do PS, Seguro salientou que os socialistas venceram no passado domingo as eleições autárquicas em número de votos, conquistando ainda 150 câmaras municipais. 
Disse, neste contexto, que o PS é o único partido com câmaras conquistadas em todos os distritos e regiões autónomas, mas deixou também uma advertência.
"A vitória não nos deslumbra e reconhecemos o desencanto e a desilusão que muitos portugueses sentem face à política, os que ficaram em casa e os que foram votar em branco", afirmou, citado por fonte oficial dos socialistas.
O secretário-geral do PS também defendeu a estratégia assumida pela sua direção de não recandidatar presidentes de câmaras com mais de três mandatos consecutivos a concelhos vizinhos e em não candidatar "pessoas com processos judiciais".
"Não trocamos princípios por votos. Mas temos que fazer mais para aproximar as pessoas da política", insistiu o líder socialista na sua intervenção.
Seguro considerou ainda que a vitória nas eleições autárquicas aumenta a responsabilidade dos socialistas perante os eleitores.
"Jamais esquecerei o que ouvi de muitos portugueses ao longo desta campanha [autárquica], ouvi relatos chocantes. Com esta vitória as nossas responsabilidades aumentam", observou.
No seu discurso, o líder socialista referiu que a Convenção Novo Rumo, que se inicia em outubro, será o "espaço de preparação para o programa do futuro Governo".
"A Convenção não será um momento, mas um processo que começa em outubro, com um texto aberto à subscrição e participação de todos os cidadãos portugueses que se identifiquem com o nosso projeto", acrescentou.


PMF // HB

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