sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Quadratura - António Lobo Xavier -A dita REQUALIFICAÇÃO da Função Pública é um gag de banda desenhada.

O problema é de alternativa. O corte de pensões não é de aplaudir mas é um problema de distribuição de sacrifícios. Não temos só um problema económico mas também de dívida pública, que só pode ser reduzida ou com esperanças míticas de que a Europa modifique a forma como trata os países excessivamente endividados, ou com crescimento económico e criando excedentes orçamentais.

Vai-se chamar reforma do Estado a tudo o que se fizer, mas não espera mais do que um plano de cortes.

Por muito que o PS tenha um plano para o futuro de Portugal que se baseie numa modificação das regras europeias, essa modificação não está à vista.

Custa-nos ver o recuo do Estado social, mas o peso fundamental do Estado é nas funções sociais e nos recursos humanos. Esperamos é que seja feito da forma mais equitativa possível, não concordando que a solução do governo para a mobilidade seja um disparate tão grave e pior do que aquela que estava. Admite que a "requalificação" é um gag de banda desenhada.

A ideia da austeridade como virtuosa em si mesma falhou, por várias razões; o problema é não termos outro remédio senão austeridade. É verdade que a permanência destas políticas (de austeridade) aumenta a desigualdade, o problema é que o Estado português é um Estado ao serviço dos mais fracos, o que é dramático. A única via para sair desta situação é pelo crescimento económico

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