Tinha dois
objectivos: mostrar que o partido estava unido e falar para o país, mostrar que
estava preparado para governar.
Pelo meio tinha
que responder ao PR: AJS começou por responder com muita dureza e depois,
inteligentemente, percebeu que vai ter que se dar com o Presidente, e adocicou,
moderou o ataque ao PR.
Unificou o
partido: ficaram de fora meia dúzia de socráticos (não os mais importantes), o
resto foi tudo esmagador em seu torno, até porque o partido está convencido de
que está à beira do poder.
Deixou de falar
em eleições antecipadas, percebendo que não vão haver com a pressa com que
tinha sonhado.
Fez um discurso
de candidato a PM, de campanha eleitoral (o segundo, o primeiro foi de líder da
oposição) e fez o que os candidatos a PM fazem, exagerando e prometendo tudo a
toda a gente (prometendo coisas que dependem lá de fora e não de nós).
Atingiu o cúmulo
das promessas, que foi ter dito que se tiver maioria absoluta não descarta a
hipótese de uma coligação, o que é a quadratura do círculo: pergunta se é
lógico que os partidos que sejam esmagados (para o PS ter uma maioria absoluta)
entrem para um governo para ficarem mais esmagados.
O discurso não
está mal feito, gostou do discurso, o ambiente de festa e a euforia, o problema
é que faltam 2 anos e meio, perguntando como é que se mantém essa "chama
sagrada" durante 2 anos e meio; embora não tenha dúvidas de que Seguro tem muitas
hipóteses de chegar lá (dando o exemplo da Islândia, onde a direita que causou
a crise acabou de voltar ao poder).
Duvida da queda
do governo, o CDS não faz essa asneira e só se o PM não tiver pulso suficiente
e se Vítor Gaspar for tão teimoso com a sua agenda pessoal, que a imponha à
custa do país.
O PS está neste
momento preparado para avançar para o governo. A questão é como se mantém essa
chama, com 2 anos e meio de campanha eleitoral.
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