O ministro da Saúde, meio ano depois, responde à primeira
pergunta de José Junqueiro e dos deputados do PS, sobre o Centro Oncológico, violando
todas as regras regimentais em vigor, para dizer NÃO A VISEU.
O PSD, resignado, abandona a cidade e a região, desculpa o
governo.
O ministro, nega a construção do Centro Oncológico no Hospital
Central, em Viseu, contrariando a Entidade Reguladora para a Saúde (ERS), que
reconhece a cidade como o melhor local para colocar este equipamento.
E o PSD, para se desculpar, quer confundir o conceito de
“Centro Oncológico” com o de, apenas, “Radioterapia” e invoca novamente o
passado para iludir a falta de coragem em olhar para o futuro.
Não, os conceitos não são a mesma coisa, são menos, não são
mais, nem tão pouco iguais. A moção que o PSD apresentou sobre a matéria na
assembleia municipal, foi uma “finta” aos viseenses, uma tentativa de “pôr os
ovos no ninho dos outros”. A atitude do governo, o seu estado de negação para
com Viseu, comprova isso mesmo.
O governo tinha em cima da mesa, quando tomou posse, todo o
processo para lançamento do concurso, preparado pela ex-ministra socialista Ana
Jorge. Só não foi publicado por nos encontrarmos já num período de transição,
de eleições.
O ministro rejeita a
possibilidade do Centro Oncológico. Baseia-se em pressupostos controversos, não
diz a verdade, e remata com a falta de dinheiro.
Para o interior continua a faltar tudo, mas
para Lisboa e Almada há mais de mil milhões para mudar os contentores de sítio
e fazer um porto de águas profundas quando já temos um, Sines, uma referência
europeia.
O governo, em Viseu, substitui os verbos
socialistas, “Investir e desenvolver”, por outros bem conhecidos: “parar,
cortar e extinguir”. O governo deita fora mais um projeto que dava resposta às
necessidades oncológicas e nega o tratamento a um universo superior a 400 mil
pessoas. Um gesto falso e imoral de um governo insensível. Falha em tudo, em
todas as suas previsões, e falha com Viseu.
As próximas eleições autárquicas também são
importantes para enviar um sinal ao governo, um cartão vermelho, de
inconformismo e rejeição da discriminação e menorização feita ao concelho e à
região.
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