A única coisa que os portugueses já perceberam é que os sacrifícios foram todos em vão e o governo já não tem discurso sobre isso; a credibilidade lá fora assenta na destruição do país, um falhanço em que tudo se esboroou.
O governo tem legitimidade formal mas está ferido de morte, nada está a correr bem, não acertou em nada e tem ministros como Relvas e Gaspar, que já deviam ter sido demitidos. O que ninguém tem coragem para dizer é que, se calhar, estamos a caminho de um segundo resgate.
A troika é altamente responsável pela nossa situação, com um programa errado, mas isso não retira a responsabilidade do governo, que disse ir além do programa.
O governo perdeu completamente o norte e não tem qualquer
discurso nesta altura do campeonato, não havendo ninguém no PSD e no CDS que
não defenda que é preciso rever o programa de ajustamento, só Passos Coelho. O governo tem uma legitimidade formal, obtida nas eleições,
mas isso não basta, há que construir essa legitimidade, o que o governo não tem
feito.
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