O
governo fez mais ajustes no executivo, acrescentando mais alguns secretários de
estado a uma lista de dispensáveis que já vai longa. Finanças, economia ou
emprego, são algumas das áreas remodeladas. É a técnica da remodelação em
duodécimos, passe a ironia!
Isto
significa que, tal como tenho vindo a referir, entre as medidas publicitadas e
a vida real há uma enorme distância. Mais impostos, menos economia e mais
desemprego são o resultado de um insucesso anunciado. Não se resolve problema
nenhum com estas mini-remodelações. As políticas são as mesmas, os ministros
permanecem e os resultados não se modificam.
Sendo
a imprevisibilidade uma das componentes que não deixam funcionar a economia,
das empresas ou das famílias, estes sinais de desagregação permanente não
contribuem para criar, simultaneamente, mais confiança e esperança.
As
razões são as mais diversas para justificar este ritmo de substituição
governativa: incompatibilidade de feitios, por vezes doença ou, então,
candidatura a autarquias locais. E, neste último caso, a opção é mais fina.
Trata-se, no fundo, de permanecer em Lisboa, no executivo, ou regressar à terra
para participar e assumir responsabilidades cimeiras na autarquia. O caso mais
mediático tem sido o de Vila Nova de Gaia.
Não
sei se outros se repetirão, mas é bom esclarecer a nossa disponibilidade. Se,
eventualmente, existissem uma crise governativa e eleições sei que, no meu
caso, continuaria sempre candidato à autarquia de Viseu e não à Assembleia da
República.
As
pessoas, os eleitores, devem saber com o que podem contar, têm o direito a
conhecer as prioridades do candidato. Já lá vai o tempo em que as pessoas
encabeçavam a lista de deputados e a da autarquia e, depois, no final, assumiam
uma e não outra.
Com
se deveriam sentir os eleitores que tinham confiado a sua voz, e tinham elegido
um deputado na Assembleia da República e, depois, ele não assumiria essa
função? A mesma questão coloca-se na autarquia, elegendo um presidente que,
depois, enjeitaria essa responsabilidade. O que pensar?
Mal.
O descrédito na vida política tem aqui, também, algumas explicações. Para que
tudo seja diferente, para que exista maior proximidade e confiança só há uma
maneira: estar com os dois pés em Viseu.
Dv
2013-01-30
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