terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Cortar 4 mil milhões não é uma reforma -é "pôr o carro em frente dos bois"

O economista João Ferreira do Amaral considera  que avançar em primeiro lugar com um corte geral na despesa do Estado "é  pôr o carro à frente dos bois" e que esta não é uma reforma. 
"Não está a ser ensaiada nenhuma reforma num mês, o que me parece que  está em ensaio é um corte da despesa pública e não tanto uma reforma da  ação do estado nos principais domínios e nos serviços públicos. Uma reforma  tem de ser gradual tem de levar tempo e tem de envolver as pessoas que têm  a ver com isso, nomeadamente os funcionários", afirmou. 
O economista, que falava à margem da conferência para uma Reforma Abrangente  da Organização e Gestão do Setor Públicio, organizada pelo Banco de Portugal  e pelo Conselho de Finanças Públicas que decorre em Lisboa, considerou que  "é por o carro à frente dos bois fazer um corte geral e depois ver o que  é que dá". 
Ainda assim, o economista considera que "qualquer momento é bom" para  se fazer uma reforma deste calibre, admitindo que o período de crise torna  isto mais necessário e também mais compreensível. 

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