terça-feira, 16 de outubro de 2012

Ó IMAGINATIVO GASPAR, ASSIM TAMBÉM EU

Não acredito que se possa dizer, como Vítor Gaspar, que não há alternativa, que nada é possível para além deste Orçamento. Se essa é a disposição do ministro, se essa é a melhor coisa que tem para dizer, não demonstra nem grande inteligência política nem grande maleabiliadde. Se perante o desafio, que é passar o défice para 4,5%, nada lhe ocorre - mas mesmo nada - senão taxar brutalmente em sede de IRS (justamente os que não podem fugir ao fisco), posso dizer-lhe que assim também eu - e tenho tanto currículo para ministro das Finanças como, digamos, Miguel Relvas.
Os impostos são mortais. São como dizia Benjamin Franklin, a única coisa que, em conjunto com a morte, temos por certo na vida; Churchill acrescentava que não há nada a que se possa chamar 'um bom imposto' e o velho Milton Friedman, da escola de Chicago, alertava que cada vez mais os que trabalham pagam impostos para os que nada produzem. Mas Platão, há 2500 anos já avisava: os justos pagarão mais impostos do que os injustos, mesmo que tenham o mesmo rendimento.
Esta história não é nova. O que é inteiramente inesperado é que a mão pesada dos Governos - mais à direita ou mais à esquerda - recaia sempre sobre os mesmos: aqueles que se esforçam e trabalham. E que os responsáveis, feitas as contas, ainda nos venham dizer que é essa a única alternativa.  
Twitter: @HenriquMonteiro https://twitter.com/HenriquMonteiro

1 comentário:

  1. Qualquer empresa de corte de relva ( sem trocadilho...!) ou de desinfestação , com empregados com a 4º classe do antigamente, e um ordenado 300 vezes inferior ao do tal expert de Finanças, não saberia fazer diferente nem melhor: Para tapar um buraco abriria dois!

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