terça-feira, 16 de outubro de 2012

COFACE - INSOLVÊNCIAS - AUMENTARAM EM 9 MESES 31,4%

Síntese: TUDO ESTÁ PIOR COM ESTE GOVERNOPortugal sofreu um forte aumento das insolvências até ao final do 3.º trimestre de 2012,mais 1.420 empresas (+31,4%) em relação ao período homólogo de 2011, num total de 5.939 empresas, sendo quase atingido o nível observado em todo o ano de 2011 (6.077)As Constituições de Empresas até ao final do 3.º Trimestre de 2012, manifestam por sua vez, uma diminuição em relação ao período homólogo de 2011 de 4.182 empresas, -15%.
-----------------------------------------
Esta situação muito desfavorável é resultante das fortes e crescentes condicionantes existentes na Procura Interna, tendo o 3.º trimestre de 2012 um contributo de 1.544 insolvências (mais 35,1% em relação às existentes no 1.º semestre). A extrapolação do aumento homólogo de 31,4% para o ano, implicaria a existência de cerca de 8000 insolvências em 2012.
São as Declarações de Insolvência em processo de decisão final, apresentadas pelos próprios responsáveis das empresas, que tiveram maior peso (39,1%) e que contribuíram com 831 empresas para a variação total (58,5%), com uma taxa de crescimento homóloga de 54,9%.
As 22.823 Constituições de Empresas até ao final do 3.º Trimestre de 2012, manifestam por sua vez, uma diminuição em relação ao período homólogo de 2011 de 4.182 empresas, -15%.
Numa perspectiva de segmentação das insolvências por sectores de actividade económica, verifica-se em regra, que quanto maior for a exposição ao Mercado Interno, maior é o aumento das insolvências:
§   Os sectores primários da Agricultura, Silvicultura, Caça e Pesca (-2% de insolvências) e das Indústrias Extractivas (-14% de insolvências), têm pouca expressão no total (1%);
§   O sector secundário das Indústrias Transformadoras tem como resultante da sua realidade heterogénea, um aumento das insolvências abaixo da média (+29%);
§   A Construção e Obras Públicas, atingiu um nível de insolvências muito elevado, 1.181 empresas, com mais 349 empresas (+42%);
§   A Hotelaria e Restauração determinada fundamentalmente pela Restauração, aumentou para 392 empresas (+139 insolvências, +55%);
§   O Comércio a Retalho (com excepção de veículos) atingiu as 882 insolvências (+243, +38%)
§   Os Outros Serviços sofreram também um forte aumento para 908 insolvências (+37%).
As Constituições de Empresas segmentadas por sector de actividade têm um comportamento simétrico similar ao das insolvências.
Na segmentação das Insolvências por Distritos, continua-se a destacar:
§   Braga com o aumento das ocorrências (36,1%) e do seu peso relativo de 13,4% para 13,9%;
§   O Porto continua a registar o maior número de insolvências (1.410, +29,7%); Lisboamantém mais empresas na estrutura empresarial e menos insolvências (1.137), reduzindo o seu peso de 19,5% para 19,1% (+28,9% de insolvências < média);
§   No Distrito de Aveiro houve um aumento de 24,9% e diminuição do seu peso no total (8,1%).
§   Leiria teve um aumento menor de 19,1%, com redução do seu peso de 6% para 5,5%.
O conjunto destes Distritos com maior expressão na estrutura empresarial Portuguesa, representaram 4.177 insolvências, 70,3% do total. 
Dos restantes Distritos mais significativos e com situações mais graves de aumento das insolvências, destacam-se: Coimbra (+66,1%); Faro (+47,4%); Viseu (+42,9%).
Lisboa sofre a maior diminuição nas Constituições das Empresas em termos absolutos (-1.228, -16%), logo seguida pelo Porto (-730, -15%), por Setúbal (-431, -23%) e por Aveiro (-336, -21%).

Sem comentários:

Enviar um comentário