Síntese - M FERREIRA LEITE DESAFIA DEPUTADOS A TRAVAR 0E 2013 - “se acha quando um deputado vota de acordo com a sua consciência é um MOTIM, eu nunca senti isso como deputada. Há disciplina partidária e há sempre formas de, quanto mais não seja, se abandonar o mandato”... a medida "perniciosa" da diminuição da TSU vai "aumentar dramaticamente o desemprego", já que os trabalhadores "vão financiar empresas que podem falir". "Não sei qual o interesse desta medida surreal, que ninguém defende"....condenando o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, por "gerir a tesouraria das empresas. Ao "impreparado" PASSOS COELHO SÓ RESTA O "CIENTISTA" MIGUEL RELVAS!
A antiga líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, critica as novas medidas de
austeridade e desafia os deputados da maioria a travarem o Orçamento do Estado
para o próximo ano.
Manuela Ferreira Leite, em entrevista à TVI 24, afirma que “não nos podemos
apoiar naquilo que o Presidente da República pode fazer” em relação ao
diploma do Orçamento, “para nos isentarmos de exercer as obrigações que cada um
de nós tem de exercer””
“Eu estou à espera mesmo de ver como é que vão reagir os deputados. Os
deputados foram eleitos pelas pessoas e eu estou para ver como é que eles
reagem perante o Orçamento: se votam a favor, se votam contra, se aceitam tudo.
Porque, se não aceitam [e votam a favor], devem ficar mal com a sua consciência
e, nessa circunstância, não me parece que o Presidente da República pode ser
aquela pessoa que lava as consciências de cada um”, afirma.
“Ao Presidente da República não cabe essa função. Cada um de nós tem a obrigação,
isto é: as pessoas não ligam nenhuma, acham muito bem aquilo que se está
a fazer, depois vai para a Assembleia da República os deputados votam todos a
favor, acham todos muito bem, o Orçamento passa e depois fica tudo a olhar
para o Presidente da República para ele limpar as consciências daquilo que eles
não fizeram. O Presidente da República tem essa função? Não, os deputados têm
também a função de explicitar a sua não aceitação de determinadas medidas, aí
pode o Presidente da República ter mais margem para poder intervir”, diz a
antiga ministra.
Questionado se está a apelar a um motim nos grupos parlamentares da
maioria, Ferreira Leite respondeu: “se acha quando um deputado vota de acordo
com a sua consciência um motim, eu nunca senti isso como deputada. Há
disciplina partidária e há sempre formas de, quanto mais não seja, se abandonar
o mandato”.
"Brutalidade de medidas"A antiga responsável pelas pastas da
Educação e das Finanças lança duras críticas às novas medidas de
austeridade, que atingem trabalhadores dos sectores público e privado, bem como
os pensinonistas.
Manuela Ferreira Leite receia que o Governo não fique por aqui, tendo em
conta que no próximo ano tem de baixar o défice para 4,5% e, para 2014,
comprometeu com uma meta de 2,5%.
“Esta brutalidade de medidas que foram anunciadas para o Orçamento de 2013,
e se calhar ainda não sabemos tudo, para passar de um défice de 5% para 4,5%.
Eu pergunto como é que se passa de 4,5% para 2.5%? É com o dobro ou triplo das
medidas que foram tomadas agora? Chegamos a que país? O que é que resta?",
questiona.
Redução da TSU vai "aumentar dramaticamente" desempregoA ex-ministra das
Finanças e ex-presidente do PSD Manuela Ferreira Leite defendeu, nesta
entrevista à TVI 24, que a redução da contribuição das empresas para a
Segurança Social - a taxa social única (TSU) - vai "aumentar
dramaticamente" o desemprego, apelando ao "bom senso e
prudência" do Governo.
A histórica social-democrata disse que a medida "perniciosa"
da diminuição da TSU vai "aumentar dramaticamente o desemprego", já
que os trabalhadores "vão financiar empresas que podem falir". "Não sei qual o interesse desta medida surreal, que ninguém
defende", declarou, condenando o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, por
"gerir a tesouraria das empresas
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