Síntese - HÁ UMA LINHA QUE SEPARA A AUSTERIDADE DA IMORALIDADE. E essa linha foi ultrapassada. Nunca, mas nunca, serei cúmplice desta política.Já o disse e repito: assim não. Decidi que o PS deve VOTAR CONTRA o Orçamento de Estado. O aumento da TSU dos trabalhadores, em 7 p.p ... é uma decisão que nos indigna profundamente. Ou o PM recua e retira a proposta...ou, então, o PS apresentará uma MOÇÃO DE CENSURA ao governo.
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Todos nós portugueses tomámos conhecimento esta semana, da última avaliação da troica, das linhas essenciais do próximo orçamento de estado e do respetivo cenário macro-económico.
O resultado destes dados é de que os portugueses cumpriram com os pesados sacrifícios que lhe foram impostos, o Governo falhou em toda a linha e, inexplicavelmente, quer repetir o erro, em dose agravada, para o próximo ano.
Passado um ano, os portugueses estão mais pobres, as famílias vivem momentos de grandes dificuldades, a economia está em recessão, há mais falências, a dívida pública aumentou e há milhares de portugueses sem emprego e sem expectativa de futuro.
Já o disse e repito: assim não.
Decidi que o PS deve votar contra o Orçamento de Estado e vou apresentar essa proposta à Comissão Politica Nacional.
Também por isso não entro em demagogias nem promessas fáceis. Mas tudo farei para aliviar os sacrifícios dos portugueses apresentando propostas de alteração. O objetivo é evitar o agravamento das injustiças e das desigualdades sociais.
Há uma linha que separa a austeridade da imoralidade. E essa linha foi ultrapassada.
Ou o PM recua e retira a proposta. Ou, então, o PS tomará todas as iniciativas constitucionais à sua disposição para impedir a sua entrada em vigor. Se para tal for necessário, e em nome da indignação que esta gritante injustiça está a gerar no seio dos portugueses, o PS apresentará uma moção de censura ao governo.
A opção é do PM. Está nas suas mãos evitar um brutal sacrifício sobre os trabalhadores, uma medida indigna, inútil e reveladora de uma profunda insensibilidade em relação às pessoas.
Sinto bem a indignação dos portugueses e a ausência de uma perspetiva de futuro. É compreensível perante a incompetência e o experimentalismo deste PM que governa sem rumo e distante do dia a dia dos portugueses.
Este último ano tem-nos dado razão. Mas para mim não chega ter razão. Ter razão não resolve os problemas dos portugueses. É preciso ir mais longe. É preciso olhar o futuro com ambição, conquistar a confiança e mobilizar a esperança dos portugueses.
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