terça-feira, 7 de agosto de 2012

BPN CRÉDITO - NEGOCIAÇÕES EM RUTURA

Negociações do BPN Crédito à beira da ruptura - Margarida Vaqueiro Lopes  


“Não é razoável imaginarmos que se vai recuperar todo o valor perdido”, mas é obrigação do Estado “recuperar o mais possível”.
“Não é razoável imaginarmos que se vai recuperar todo o valor perdido”, mas é obrigação do Estado “recuperar o mais possível”.
Falta de propostas competitivas para a sua compra pode levar à liquidação da instituição.
As negociações entre os interessados no BPN Crédito e o Governo estão à beira da ruptura, sabe o Diário Económico. Em causa parece estar o facto de nenhuma das propostas ser suficientemente competitiva para convencer, à primeira, o Executivo.
A FINESP - ligada ao empresário Manuel Cruz, da gráfica Sogapal - fez uma oferta de 4,7 milhões de euros ao Tesouro, para além da manutenção de 100 postos de trabalho, pelo BPN Crédito. O valor representa pouco mais de 10% do valor dos capitais próprios da instituição. Fonte oficial da FINESP garantiu ao Diário Económico que "as negociações ainda estão a decorrer", e que embora não haja reuniões marcadas, "estamos a trocar correspondência com o Ministério. Há algumas exigências que nos foram feitas que estamos a negociar", revelou. Fonte próxima do processo explicou ao Diário Económico que o desacordo entre o Executivo e a FINESP se deve sobretudo ao facto de esta última querer comprar o BPN Crédito com a dívida do financiamento obtido junto da CGD já saldada. Contactado pelo Diário Económico, o Ministério das Finanças confirmou que o processo negocial ainda não está fechado, mas não avançou mais pormenores.
Fonte da FINESP afirmou ao Diário Económico que espera que haja um "avanço nas negociações ainda durante esta semana", e que acredita ser "prematuro falar num falhanço das conversações entre a FINESP e o Estado". E ainda que a negociações com a FINESP não tenha sucesso, certo é que a opção do Executivo não terá que passar obrigatoriamente pela liquidação - que segundo a mesma fonte poderia custar aos cofres do Estado cerca de 200 milhões de euros, considerando um ‘haircut' de 80%, para além do despedimento dos 200 funcionários do BPN Crédito. É que o Banif fez uma proposta para a gestão da carteira da instituição - depois de ter desistido da inicial proposta de compra da mesma carteira. Esta opção não permitiria salvaguardar os postos de trabalho do BPN Crédito. 

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