sexta-feira, 27 de julho de 2012

VISEU: DESEMPREGO E OS SILÊNCIOS MÁXIMOS DO PSD E CDS

Segundo os dados governamentais, no 1º trimestre de 2012,a dívida pública portuguesa atingiu 189.979 milhões de euros o que corresponde a 111,6 % do produto interno bruto (pib).
Portugal apresenta a 3ª dívida pública mais elevada da UE em percentagem do pib e, comparando com o trimestre homólogo de 2011, tem o maior crescimento da dívida pública: aumentou 17,1 pontos percentuais, quase seis vezes mais que na UE 27 (+ 3,0 p.p.) e quase sete vezes mais que na zona euro (+2,5 p.p.).
No mesmo período do ano anterior (1º trimestre de 2011), Portugal registava uma dívida pública de 94,5% do pib. Piora, assim, neste 1º trimestre de 2012”.
O caminho seguido pelo governo está errado. Não são necessários mais sinais. O PS apresentou 356 propostas como alternativas às medidas do governo e este chumbou 75%, mas no que respeita à economia e emprego, por exemplo, os números sobem para 90%.
Passos Coelho não quer ouvir, mas também não se pode queixar do PS, porque os contributos falam por si. Acresce mesmo, em algumas matéria, que os deputados da maioria, sobretudo do PSD, embora reconheçam as boas razões do PS, são desautorizados pelo governo. Não poderia ser pior. Não são interlocutores credíveis, apenas porque o governo os submete a um papel extraordinariamente redutor. Para quem os ouvia falar há um ano não deixa de ser confrangedor.
E em Viseu, no nosso distrito, o PSD e o CDS têm muito para explicar: em junho estavam inscritos nos quatro centros de emprego 21.780 desempregados: mais 4.812 que em 2011, isto é, um aumento de 28%, mais intenso do que a média nacional (25%), já de si dramática. Há, em média, mais 13 desempregados dia e ninguém fala sobre isto, mas por que motivo?
É que agora estamos pior e não melhor. Depois de um ano é impossível dizer que foi esta a situação herdada. Nem se aceita bem que SÓ AGORA falem na crise internacional, porque há um ano esta nova maioria fazia de conta que não existia nada, que o problema era apenas português e socialista.
Se ontem, há um ano, PSD e CDS achavam pouco o investimento no distrito, a verdade é que hoje nem se fala no tema. Na ordem do dia está o encerramento de serviços. Apenas isso. ´
Não há atividade económica que se possa desenvolver, não há comércio de proximidade que possa resistir, nem poder local que possa servir melhor se esta atitude não for alterada. Não haverá emprego!
Já se sabe, comprovadamente, que o confisco do subsídio de Natal em dezembro último foi excessivo. O governo, em vez de terminar o ano com o défice acordado de 5,9%, ultrapassou a Troika e reduziu para 4,2%. Reduziu também o poder de compra e tirou dinheiro à economia. Por isso é que o desemprego e os silêncios do PSD e CDS são máximos.
DV 2012-07-25

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