sexta-feira, 13 de julho de 2012

O PSD, A MAIORIA E O FINGIMENTO (hoje, in Diário de Viseu)

O PSD, A MAIORIA E O FINGIMENTO
Li, sempre atento, que a distrital e deputados PSD do círculo de Viseu tinham feito o balanço de um ano de governo. E foi muito rápida a leitura.
Ironizando, percebi que não havendo obra para apresentar falaram da pesada herança socialista, nomeadamente, o novo hospital de Lamego, as barragens de Ribeiradio, Pretarouca (com abastecimento ao Douro Sul), ETAs, ETARs, estrada Tondela-Carregal, requalificação de Viseu-Sátão, SUB (serviços de urgência básica), unidades de cuidados continuados, unidades de saúde familiar, quartéis de bombeiros e GNR, lares, centros de dia, creches, escolas, conclusão da A25, Escola de Hotelaria de Lamego, enfim …. luxos e desperdícios, na opinião daquele partido. Tenho de ser justo. Não referiram nada disto! Não têm coragem suficiente.
Mas, claro, envergonhados, tiveram tempo para referir que não desistem da universidade pública, da ferrovia, do IC26, do IC12, do IC37, requalificação do IP3, resumindo, disseram tudo o que lhes veio à cabeça e que resulta do treino de há um ano. Na altura, tudo o que se fazia era pouco, mas o que não se faz agora é muito mais.
Entretanto, o entusiasmo na sala era tão grande que se esqueceram da mudança de política. Agora já não se usa falar de investimento, mas sim de encerramento. Pode ser o encerramento de extensões de saúde, de tribunais, repartições de finanças, parar escolas ou estradas ou ter as misericórdias sem nenhum pagamento na saúde no segundo trimestre, acumulando com a dívida de 30% de janeiro a março .... poderiam ser muitas coisas mais... muitas mais!
Termino, lembrando aos que esqueceram ou tentam fazer esquecer os mil e quinhentos milhões de euros investidos no distrito pelos governos do PS que deputados que se rendem, dirigentes que fingem surpresa pelo ataque que Pedro Passos Coelho e o seu executivo estão a fazer a toda a região, concelho a concelho, que não é assim que se respeita o voto popular.
Os desempregados exigem respostas. As famílias e as empresas também. O PS fez 356 propostas alternativas às iniciativas do governo. Este chumbou 75%. Na economia, segurança social ou trabalho a média aumentou para 90%. Ninguém compreende este desconhecimento dos deputados e dirigentes do PSD, nem a arrogância do governo.
Ninguém compreende que um ano depois, com tantos sacrifícios, o défice seja maior, a recessão mais profunda, o desemprego máximo e os rendimentos mínimos. A única atitude que os dirigentes e deputados do PSD têm para oferecer é a do fingimento. Lamento!

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