segunda-feira, 11 de junho de 2012

SEGURO CRITICA 1º MINISTRO E EXIGE PARA PORTUGAL OS MESMOS CRITÉRIOS APLICADOS A ESPANHA

Síntese - "Este é o momento ...."aparentemente não se exigem a Espanha as mesmas contrapartidas que se estão a exigir a Portugal ou à Grécia ou à Irlanda..."significa por um lado que há uma evolução por parte da UE de reconhecer que a austeridade não é o caminho, mas por outro é necessário que a UE trate todos os Estados membros em pé de igualdade, não pode haver Estados de primeira e Estados de segunda

"O líder do PS exigiu hoje que o Governo negoceie um tratamento para Portugal nas mesmas condições que Espanha está a beneficiar, sublinhando a necessidade da União Europeia tratar todos os Estados membros em "pé de igualdade".
"Este é o momento de exigir ao Governo português que exija um tratamento para Portugal precisamente nas mesmas condições em que a Espanha neste momento está a beneficiar", afirmou o secretário-geral do PS, António José Seguro, a propósito do pedido de ajuda de Espanha para a recapitalização da banca.
Lembrando que o apoio a ser prestado a Espanha será de 100 mil milhões de euros, António José Seguro considerou existirem ainda algumas questões por responder, nomeadamente "de onde é que esse dinheiro vem e quais são as contrapartidas".
Pois, frisou, "aparentemente não se exigem a Espanha as mesmas contrapartidas que se estão a exigir a Portugal ou à Grécia ou à Irlanda".
Tal facto, "significa por um lado que há uma evolução por parte da UE de reconhecer que a austeridade não é o caminho, mas por outro é necessário que a UE trate todos os Estados membros em pé de igualdade, não pode haver Estados de primeira e Estados de segunda", disse, reiterando a necessidade do Governo português e das autoridades europeias prestarem esclarecimentos sobre essa questão.
A este propósito, António José Seguro lembrou que há dois meses Espanha já tinha conseguido mais tempo para a consolidação das contas públicas, tendo agora conseguido um financiamento de 100 mil milhões de euros a uma taxa de juro de três por cento, sem contrapartidas que neste momento sejam conhecidas.
Questionado se o facto do financiamento se destinar apenas à banca não altera os pressupostos do empréstimo, o líder socialista não respondeu diretamente, dizendo apenas que isso significa que a UE tem que explicar porque é que de um momento para o outro a banca espanhola necessita de 100 mil milhões de euros.
O secretário-geral do PS deixou ainda críticas à forma rápida como a UE arranjou dinheiro para injetar na banca espanhola, em contrapartida com a lentidão que existe para arranjar dinheiro para financiar a economia.
"Gostava de perceber como é que a UE é tão rápida a arranjar 100 mil milhões de euros para injetar no sistema bancário espanhol e é tão lenta a injetar dinheiro e recursos para financiar a economia e o emprego na EU", frisou.
António José Seguro, que falava aos jornalistas à saída da sessão solene do 10 de Junho, que decorreu no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, deixou ainda elogios ao discurso do Presidente da República, considerando ter-se tratado de uma intervenção profunda, interessante e adequada."

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