Síntese - HÁ 10 ANOS SOUSA LARA (sub - subsecretário de Estaodo de Cavaco) EXCLUIA SARAMAGO DA LISTA de candidatos ao Prémio Literário Europeu. O livro chama-se Evangelho Segundo Jesus Cristo). O governante justificou, dizendo: “O livro não representa Portugal nem os portugueses”. Saramago respondeu: “É o regresso da Inquisição”. Hoje Saramago é Prémio Nobel da Literatura. O outro, o inquisidor, é ninguém!
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Abril de 1992A polémica em volta de Evangelho Segundo Jesus Cristo agudiza-se em Portugal, com o sub-secretário de Estado da Cultura, António Sousa Lara, a excluir o livro da lista de candidatos ao Prémio Literário Europeu (em que estavam também Pedro Tamen e Fiama Hasse Pais Brandão, que virão a retirar-se num gesto de solidariedade para com Saramago, e Agustina Bessa-Luís). “O livro não representa Portugal nem os portugueses”, justifica o governante. Saramago comenta: “É o regresso da Inquisição”. A polémica arrasta-se por vários meses e, em 1993, Saramago decide abandonar o país para fixar residência na ilha de Lanzarote, em Espanha.
Março de 1993
Março de 1993
A TVI proíbe a exibição de um anúncio ao livro In Nomine Dei. Em resposta, o escritor comenta, na sessão de encerramento da Feira do Livro de Braga: “Deus lhes dê uns bons açoites. (...) A TVI não sabe o que Deus quer, embora possa saber o que a Igreja quer”.
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