O secretário-geral do PS afirmou hoje estar disponível a sair para a rua, à frente de uma manifestação, se o Governo colocar em causa o Serviço Nacional de Saúde (SNS). António José Seguro falava em entrevista à TVI, em que também afirmou que os socialistas estarão contra políticas que enfraqueçam a escola pública e o sistema público de Segurança Social.
Nesta entrevista à TVI, o líder dos socialistas foi interrogado sobre o alcance político do aviso de uma eventual "rutura democrática" feito ao Governo pelo líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, na sessão solene comemorativa do 25 de Abril na Assembleia da República.
"Há vários instrumentos, quer do ponto de vista parlamentar, quer do ponto de vista da expressão pública e cívica, assim como de mobilização dos portugueses. Vou dizer de uma maneira muito clara: Considero que o PS deve fazer a sua oposição nos lugares institucionais, mas há uma coisa em que estou disponível em ir para a rua à frente de qualquer manifestação. Isso acontecerá se este Governo colocar em causa o SNS", disse.
Segundo Seguro, o atual SNS "levou muitos anos a ser constituído e permite hoje um acesso generalizado dos portugueses à saúde pública, independentemente dos seus rendimentos".
"Quando o Governo aumenta as taxas moderadoras, quando retira subsídios e apoios a doentes para riem aos centros de saúde e hospitais atira para fora do SNS muitos cidadãos, discriminando entre pessoas com posses e outras sem acesso à saúde", referiu o secretário-geral do PS.
Ainda de acordo com o secretário-geral do PS, o seu partido "recusará medidas que coloquem em causa o SNS, a escola pública, que é essencial para o combate às desigualdades sociais, e o sistema de proteção social".
"O Governo aqui tem hesitado e de vez em quando tenta. Mas o Governo não pode andar a assustar os portugueses. Do ponto de vista da rutura, ela será sempre feita do ponto de vista democrático se houver da parte do Governo uma ofensiva contra as funções sociais do Estado", acrescentou.
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