SÍNTESE - "Nós não vamos votar este Tratado por estarmos sob qualquer efeito de chantagem de outros países, nós vamos votar este tratado também porque compreendemos a realidade política atual da União Europeia, estamos dispostos a lutar pela sua alteração"..."Nós projetamos expetativas em que, nos próximos tempos, a Europa possa assistir à vitória de algumas formações políticas da esquerda, da esquerda séria e da esquerda eficaz - que quando ganha eleições e governa faz avançar a Europa"...
"O deputado socialista Francisco Assis recusou hoje que o PS esteja favoravelmente ao Tratado Europeu "sob o efeito de chantagem" de outros países, mas porque compreende a "realidade política" da União Europeia e "luta pela sua alteração".
"Nós não vamos votar este Tratado por estarmos sob qualquer efeito de chantagem de outros países, nós vamos votar este tratado também porque compreendemos a realidade política atual da União Europeia, estamos dispostos a lutar pela sua alteração", afirmou Francisco Assis.
O ex-líder parlamentar e ex-candidato à liderança do PS fez a intervenção final dos socialistas no debate sobre a ratificação dos tratados europeus e declarou que o partido "sempre assumiu as suas responsabilidades" em nome de "compromissos profundos" que estão além dos "cálculos de benefícios".
"Nós projetamos expetativas em que, nos próximos tempos, a Europa possa assistir à vitória de algumas formações políticas da esquerda, da esquerda séria e da esquerda eficaz - que quando ganha eleições e governa faz avançar a Europa", afirmou.
Numa intervenção muito crítica para com a postura dos partidos à esquerda do PS, nomeadamente o PCP, Assis sublinhou que "num projeto como o projeto europeu, é praticamente impossível alguém estar sempre de acordo".
"A União Europeia é bastante mais complexa do que a extinta União Soviética", afirmou, dirigindo-se ao deputado comunista Honório Novo.
Para o deputado do PS, os Tratados trazem o "avanço" do "aprofundamento da governação económica e europeia", embora diga que "para grande parte da direita europeia, significa apenas, através da governação económica, garantir a transposição automática dos ‘diktates' dos mercados financeiros para os orçamentos nacionais".
Assis diagnosticou como "problemas", a "legitimação democrática do processo decisório e a qualidade dos mecanismos de controlo político democrático dessas decisões", sendo que o Parlamento Europeu e os parlamentos nacionais "têm que encontrar mecanismos institucionais adequados que permitam o controlo do processo orçamental"."
"A União Europeia é bastante mais complexa do que a extinta União Soviética", afirmou, dirigindo-se ao deputado comunista Honório Novo.
Sem comentários:
Enviar um comentário