sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A SÓS - PASSOS COELHO E ANTÓNIO SEGURO AVALIAM REFORMAS E CRISE DO EURO

Francisco Teixeira
António José Seguro, líder do PS, reúne hoje às 10h30, com o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho. O líder da oposição vai hoje a São Bento para uma reunião, a sós, com o primeiro-ministro.
Pedro Passos Coelho e António José Seguro voltam hoje a ter um encontro, a sós, na residência oficial do primeiro-ministro. A reunião está marcada para as 10h30, em São Bento, e não tem agenda oficial embora os temas que abordarão sejam os incontornáveis. Por um lado, o conjunto de reformas que o Governo tem em curso e que já entraram ou entrarão, muito em breve, no Parlamento. Por outro lado, o actual momento de tensão em torno do euro a poucos dias da cimeira informal de chefes de Estado e de Governo agendada para o início da próxima semana, o que coincide com o dia em que são conhecidos os termos do resgate financeiro que o Governo da República fechou com o Governo regional da Madeira.
O presidente do Governo da Madeira, Alberto João Jardim, adiantou ontem que a conferência de imprensa de apresentação do programa de ajustamento financeiro para a região decorre hoje às 18h00 no salão nobre do Executivo insular.

Pedro Passos Coelho e António José Seguro têm mantido alguma regularidade nestes encontros e o que lá se tem passado, até agora, não tem passado cá para fora. Na reunião de hoje, no entanto, alguns dos temas são previsíveis. Desde logo a reforma do mercado laboral que mereceu a oposição pública do PS, apesar de ter recebido o aval da concertação social, nomeadamente da UGT. Passos e Seguro assumiram publicamente uma clara divergência em torno do acordo que saiu da concertação social. Se para o primeiro-ministro foi um momento "histórico", para o líder da oposição ficou patente "a paixão pela austeridade" de PSD e CDS. Agora, que a nova legislação laboral entrará no Parlamento, PSD e CDS querem tudo fazer para convencer o PS se não a subscreve-la, pelo menos, a não fazer dela um cavalo de batalha.
Mas o mercado de trabalho está muito longe de esgotar as reformas que estão neste momento em curso. Para além da reorganização do poder local, que ainda ontem levava os socialistas a falarem em falta de diálogo, Passos quer contar com o PS de Seguro em várias outras frentes, numa altura em que a incerteza em torno da Grécia e da renegociação da dívida grega mantém a pressão alta sobre a execução do memorando de entendimento que o PS também subscreveu em Maio do ano passado. Para o primeiro-ministro continua a ser decisiva a descolagem da incerteza grega e o reforço de uma imagem: continuam unidos em torno do memorando da ‘troika' os 80% de deputados que o subscreveram

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