domingo, 15 de janeiro de 2012

EDUARDO CATROGA GANHA SOZINHO O PÃO DE 106 FAMÍLIAS (in Diário de Viseu)

Há um problema de autoridade no governo ou então há a honra perdida do 1ºMinistro que a afirmara em campanha dizendo que, com ele, Pedro Passos Coelho, não existiria a promiscuidade entre o partido e o Estado com as nomeações.

Se não está em causa esta segunda questão, a primeira é igualmente grave, porque significa que já “não tem mão” nos membros do seu executivo.

Vejamos um exemplo de promiscuidade política entre dois autarcas e uma holding do Estado que soma à tentativa de interferir num processo judicial e, também, num processo de privatização. Interferir como? Vamos ler:
Manuel Frexes e Álvaro Castello-Branco, autarcas do PSD e CDS, respectivamente, são os dois novos administradores da holding Águas de Portugal. O primeiro é presidente da câmara do Fundão e o segundo vice-presidente da câmara do Porto.
Manuel Frexes é também presidente da câmara do Fundão, eleito pelo PSD e a autarquia tem neste momento, segundo o «Expresso», vários processos em tribunal, por causa de uma alegada dívida de cerca de 9 milhões de euros às Águas do Zêzere e Côa, empresa do grupo Águas de Portugal. Álvaro Castello Branco é o responsável pela privatização das águas do Porto, ficando em situação de “excelência” no processo.
Vejamos agora dois exemplos de pagamento de favores.
Primeiro o da Caixa Geral de Depósitos em que sublinho apenas alguns dos nomes. António Nogueira Leite (conselheiro económico de Pedro Passos Coelho), Norberto Rosa (ex-secretário de estado em governos de Cavaco e Durão), Nunes Fernandes Tomaz (ex-secretário de estado Santana Lopes), Manuel Porto (presidente da assembleia municipal de Coimbra) e Rui Machete (ex-presidente do PSD). A outra realidade é que o órgão passou a ter mais quatro administradores. Dizem que, mesmo assim, se pouparam 4000 € mês através de uma diminuição de salários ou seja, redistribui-se entre todos, mas se não os tivessem nomeado POUPAVAM 70 000 € mês! Cada um ficou com um vencimento direto de 17 000 euros (fora carro, cartões e outras regalias).
O segundo exemplo é ainda mais acutilante, porque revela, além de clientelismo, amiguismo. Os nomes são por demais conhecidos e não entrarei em detalhes. Eduardo Catroga, Celeste Cardona Paulo Teixeira Pinto, Rocha Vieira, Braga de Macedo e Ilídio Pinho são alguns dos nomes propostos à Assembleia Geral de Acionistas para integrar o Conselho de Supervisão da EDP.
Só Eduardo Catroga vai ganhar, segundo a imprensa, 630 000 euros por ano (fora o resto, as regalias do lugar). Para percebermos o que isto significa basta pensar que é tanto como o que ganham, igualmente num ano, todos os 106 trabalhadores de uma qualquer empresa. Mais grave é o fato de ter sido negociador com a Troika e, portanto, codecisor.
Esta é a moral política e social do atual primeiro-ministro Pedro Passos Coelho. Ele acha bem tudo isto e que, também, EDUARDO CATROGA GANHE SOZINHO O PÃO DE 106 FAMÍLIAS.
DV 2012-01-11

1 comentário:

  1. Não é muito, se comparados ao milhão de euros, diários, que foi quanto faturou lula da silva durante os oito anos de desgoverno somando dos bilhões de dólares... e su filho 900 milhões também dólraes. para quem ganhava 600 reais, mensais, em 2.002, foi um salto quãntico fantástico.

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