segunda-feira, 24 de outubro de 2011

CGD REFORÇA CONFIANÇA - FOI O QUE CAPTOU MAIS DEPÓSITOS

CGD foi o banco que captou mais novos depósitos  - Marta Marques Silva
Num momento em que a guerra pelos depósitos sobe de tom em Portugal, os números mostram que a oferta de super-depósitos não é sinónimo de captação de recursos. Alguns dos bancos mais agressivos na oferta de taxas de juro, como o banco BiG, o Banif, Santander ou Popular, viram a larga maioria das aplicações fugirem para outros bancos.
De acordo com os números divulgados pela Associação Portuguesa de Bancos (APB), sexta-feira, a carteira de depósitos da banca aumentou 13,9 mil milhões de euros no primeiro semestre deste ano. Caixa Geral de Depósitos (CGD), BES, BCP e Montepio - que estão entre os bancos menos agressivos na oferta de depósitos a prazo - captaram 82% das novas aplicações, ou 11,4 mil milhões.
A grande surpresa neste lote é o Montepio que conseguiu captar mais depósitos que o BPI (413 milhões) e o Santander Totta (1,1 mil milhões) juntos, e quase tanto quanto o alcançado pelo BES ou pelo BCP. Em contrapartida, BiG, Banif e Santander captaram 0,29%, 6,64% e 8,14% dos novos depósitos, enquanto a carteira do Popular perdeu 170 milhões de euros.
Os bancos portugueses foram, na zona euro, os que mais aumentaram a remuneração das aplicações a prazo no último ano. A taxa de juro média para os novos depósitos mais do que duplicou nos últimos 12 meses, de 1,84% para 4%.
No entanto, o regulador pretende agora limitar a remuneração destas aplicações, tal como já aconteceu em Espanha, por considerar que as elevadas taxas de juro podem comprometer a solidez financeira do sistema português.
De acordo com o "Jornal de Negócios", o Banco de Portugal irá mesmo avançar com medidas para travar a escalada das taxas, as quais passarão pela penalização dos rácios de capital dos bancos. Isto num momento em que as instituições tentam reforçar os capitais próprios.

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