terça-feira, 6 de setembro de 2011

RUI RIO - CRITICA O GOVERNO - NA OPOSIÇÃO É MAIS FÁCIL ... POIS,POIS....

Rui Rio e Morais Sarmento contra aumento de impostos. Rui Machete pede mais «clareza» na explicação das medidas

Passos recusa ideia de falta de apoio do partidoPassos Coelho aceita «críticas de bom grado»«Impostos são incomportável sacrifício»Impostos: Graça Moura diz que aumento está mal explicadoMais impostos «é um murro no estômago»«Falta em matéria de impostos uma explicação»As críticas às medidas do Governo, ou pelo menos à forma como foram tomadas, vão crescendo dentro do PSD. Depois de na semana passada terem surgido críticas de Manuela Ferreira Leite, Marques Mendes, Vasco Graça Mourae de Marcelo Rebelo de Sousa, surgem agora vozes mais vozes contestatárias entre os «barões» sociais-democratas.

Em matéria de impostos, Governo não tem estado bem, diz Rui Rio
Em declarações na «RTPN», Rui Rio defendeu que é preciso dar provas de mais cortes na despesa e que, em matéria de aumento de impostos, o Governo não tem andado bem. «Nesse capítulo [do aumento de impostos], em particular, não estará bem, mas lá pelo facto de não estar bem ao cabo de dois meses e tal não quer dizer que não esteja bem daqui por cinco ou seis meses», referiu.
«Efectivamente há que atirar forte na redução da despesa, o que não é tão simples quanto a forma como as pessoas dizem ou que se diz quando se está na oposição, porque, imagine, eu acabo com um instituto público, sim senhor, mas as pessoas existem», acrescentou Rui Rio.

«Taxa adicional não afecta as maiores fortunas. É uma brincadeira de mau gosto», diz Morais Sarmento
Crítica semelhante faz Nuno Morais Sarmento, em declarações à «Renascença». O social-democrata considera que, no essencial, Passos Coelho tem agido na direcção certa, mas critica o facto de o Governo em matéria de impostos voltar a penalizar «aqueles que são sempre os mesmos a pagar».
Morais Sarmento diz que este último aumento de impostos faz com que os contribuintes do último escalão «trabalhem até ao dia 30 de Julho de borla para o Estado e só depois para si a para o sustento das suas famílias». «Isto não é sustentável em país nenhum do mundo», defendeu, criticando ainda o fim das deduções fiscais das despesas com saúde, educação e habitação.
«Eu tenho a certeza que na lista dos contribuintes afectados por esta taxa adicional [no último escalão do IRS] não estão incluídas as 15 maior fortunas portuguesas e portanto isto é uma brincadeira de mau gosto neste aspecto», criticou, dizendo que «é uma mistificação dizer que ao criar este imposto estamos a atingir as maiores fortunas portuguesas.
«Estamos a sobrecarregar iniquamente uma classe que tem sido maltratada, bombardeada, e que tem sobre si já um peso inaceitável», atacou.
Morais Sarmento diz que «todas as medidas de corte da despesa tinham que ter sido as primeiras a ser tomadas, para terem efeito neste ano, agora já não há tempo».

«Governo não tem explicado com suficiente clareza», diz Rui Machete»
Já o ex-presidente do PSD, Rui Machete, aconselhou, em declarações à «TSF», o Governo a explicar melhor os aumentos de preços e impostos.
«O Governo tem reagido globalmente bem. É verdade que começou pelos impostos, que aliás é mais simples do que pelos cortes na chamada gordura do Estado», afirmou, frisando: há evidentemente um aspecto em que o Governo não tem sido muito feliz: não tem explicado as coisas com suficiente clareza».
«É evidente que a explicação básica é a situação que vivemos, mas é bom explicar de uma maneira concreta e, sobretudo, não ceder a críticas fáceis», aconselhou.
Apesar da crítica, Rui Machete diz que «ainda é cedo» para fazer uma avaliação global do Governo. «Quando for a apresentação da proposta do orçamento podemos ter uma ideia mais clara de qual é a política geral do Governo em termos de reformas do Estado».

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