O XVIII Congresso do PS marca o início de um Novo Ciclo. Com a eleição da Comissão Nacional – órgão máximo entre congressos que reúne pelo menos duas vezes por ano - e depois do debate das moções de orientação política, o PS ganhou todas as condições para liderar uma alternativa política que ajude Portugal a encontrar as melhores soluções para os problemas difíceis que partilha com a Europa e o resto do mundo.
António José Seguro, na abertura, marcou bem a matriz do PS como partido da esquerda moderada, com preocupações sociais profundas e que o levou a escolher como lema “AS PESSOAS ESTÃO PRIMEIRO.” No encerramento avançou com as propostas concretas, tendo sido a taxa intermédia do IVA para a electricidade a mais mediatizada pelos jornalistas.
Sobressaiu, também, uma nova forma de estar com os militantes, mais próxima e mais comunicativa, bem como uma nova atitude que procura diluir a tensão entre o PS e a comunicação social.
Na Comissão Nacional de Santarém, no próximo sábado, será eleita a Comissão Política, órgão de estratégia e decisão por excelência, e o Secretariado Nacional, órgão executivo fundamental para assegurar a actividade diária.
Na frente parlamentar, na passada quarta-feira, foram eleitas a Direcção do Grupo Parlamentar, que integro, o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal. Estamos, pois, plenamente preparados para fazer o que falta, mas colhendo a participação de todos aqueles que num debate aberto assumiram diferenças.
Em cerca de três meses, o PS elegeu o seu Secretário Geral, António José Seguro, e este “arrumou a casa”, como os jornais gostam de dizer. Fizemos em três meses o que o PSD não fez em cinco anos: criar condições internas de estabilidade e conseguir a união das nossas diferenças.
Tudo correu bem. Foi bom para o PS, para o país e para a democracia. O desafio agora é o futuro e todos não seremos demais para dar o nosso melhor e participarmos, sendo sempre parte da solução. Esta é, aliás, uma diferença fundamental que nos distingue da esquerda radical e de uma direita que apenas pensa o poder pelo poder.
Resta, agora, deixar emergir os protagonistas, os valores que o são por si, com provas dadas, com reconhecimento público, com profissão conhecida e suficiente, dentro e fora do PS, deixando de lado complexas operações aritméticas de interesses que nada têm a ver com o PS, com o país, com o serviço público e a democracia.
Regra geral, começam e terminam na própria família e fazem-se acompanhar de uma pequena corte. É comum a todos os partidos e em todos, ao longo de décadas, têm minado a confiança dos cidadãos na política e no serviço público.
Creio que interna e externamente temos de ser diferentes e marcar o reencontro com as pessoas, a confiança e a esperança.
DV 2011-09-14
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