domingo, 11 de setembro de 2011

Assim se enganou o Povo, assim se destrói a Republica!

Manuela Ferreira Leite, Rui Rio, Morais Sarmento, Rui Machete, Ângelo Correia, Marques Mendes, Graça Moura ou Marcelo Rebelo de Sousa são alguns dos nomes que no PSD entendem que o Governo foi excessivo no aumento de impostos, atacou a classe média e deixou os ricos de fora sem que fosse dada uma explicação inteligível.

O CDS, cautelosamente, mas com acutilancia, através do seu grupo parlamentar, confrontou directamente o Ministro das Finanças, Vitor Gaspar, exigindo uma explicação para ter criado fontes de receita com base nos rendimentos do trabalho e não no corte das "gorduras" do Estado.
Na SIC, na entrevista de terça-feira, no jornal da noite, disse o Ministro das Finanças que as medidas eram públicas, conhecidas e era esse o motivo pelo qual os portugueses as tinham aceite serenamente, facto que espantou José Gomes Ferreira, porque, comentou, "eu tenho informação especial e não comprendo".

O Governo está longe de perceber o efeito das suas decisões e nem mesmo a perplexidade das personalidades social democratas acima referidas influencia o reconhecimento do vulcão social que todos os dias aumenta de volume.

É uma fuga em frente até ao dia da erupção final. Não tardará o povo a perceber que foi violentamente enganado e que 5 minutos de poder terão sido suficientes para "ir ao pote": devolver o BPN aos seus autores, pagando-lhes ainda por cima, oferecer mais umas ações, alienar parte da EDP, entregar as Águas, vender a TAP ou oferecer a RTP são, entre muitos, os sectores estratégicos que mudam de Portugal para mãos particulares e conhecidas.

O primeiro ministro, Pedro Passos Coelho, fortemente impreparado, está em pânico e ameaçou reprimir distúrbios públicos, tumultos, que nunca aconteceram por nem tão pouco fazerem parte da nossa cultura. Incendiário, sem soluções, pleno de contradições, vagueia pela República desdizendo-se a cada passo, Pedro Passos Coelho conduz os portuguese ao caos.

Lembrar que o Ministro das Finanças prevê para 2015 um desemprego igual ao previsto para final de 2011 é lembrar que o resultado de quatro anos de Governo se traduz num caos social insuportável.

Em 2010, no meio de todas críticas, Portugal cresceu + 1,4% e em 2011 terá, com sinal contrário, uma recessão de -2,2%

 O desemprego aumentará exponencialmente e os juros da dívida soberana passaram de 7% para cerca de 14%. Todos estes dados resultam dos números oficiais do Governo PSD/CDS, de iniciativa presidencial.

Assim, hoje, estamos pior, amanhã pior ainda! Assim se enganou o Povo, assim se destrói a Republica!

DV 2011.09.7

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