Falhou a eleição de Fernando Nobre como Presidente da Assembleia da República e dela saiu, depois de tremelicar, afirmando que levava consigo a ideia do dever cumprido. Qual dever?! Cumprido?!
O Governo saiu bem maior do que o prometido, ainda que sem o anunciado Bernardo Bairrão, tão enfaticamente anunciado por Marcelo na TVI, em primeira mão.
Ficou com alguns ministros a menos, secretários de estado a mais, sendo que alguém se lembrou de colocar um deles, o Adjunto do Primeiro Ministro, a liderar uma equipa de 30 técnicos para – segundo a imprensa – controlar o trabalho de todos os ministérios e seus titulares. Enfim, uma "nova ordem"na hierarquia para colmatar uma descofiança!
Ao contrário do que o PSD anunciara em Março, aquando do derrube do Executivo de José Sócrates e da reacção negativa dos mercados, a credibilidade deste seu Governo passou a ser menor, e não maior, tendo subido os juros a 10 anos de 7 para 11%
O “novo” Presidente da República, o que dizia “não vale a pena recriminar as agências de rating”, afirma agora, “as agências norte americanas são uma ameaça”. E compreende-se, porque baixando o rating da República o do seu Presidente também não sobe, quer hoje, quer ontem!
Depois de um “desvio colossal” anunciado pelo Governo este, ao fim de dez dias, na Assembleia da República, nos jornais e nas televisões, veio afirmar que não dissera nada disso e que se tratava de uma interpretação abusiva. Acontece que nesse dia número dez a maioria de direita fazia aprovar um corte de 50% no subsídio de Natal e um aumento de 3,5% no IRS para, logo a seguir, avançar com mais 15% em média nos transportes, tudo em nome de um "equívoco colossal".
Para tão má interpretação é preciso ser muito imaginativo para perceber a “coima preventiva” nos vencimentos e IRS, salvo, claro, no que respeita aos dividendos ou juros dos depósitos, porque destes cortes se livraram, por exemplo, os dez primeiros (e os outros) do “raking” dos mais ricos de Portugal.
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Tudo isto nos faz compreender por que motivo uma zelosa deputada do PSD fez uma chamada falsa para o INEM, eventualmente para pôr a “laranja no cimo do bolo” e comemorar os 30 dias de Governo da Direita.
Diário as Beiras 2011.08.04
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