quarta-feira, 13 de julho de 2011

DEBATE NA SIC - ANTÓNIO SEGURO, FRANCISCO ASSIS

No actual contexto, no imediatíssimo pós eleições, o debate interno no PS interessa mais aos militantes do que ao grande público. A este, ao grande público, importam as propostas e o sentimento que o futuro Secretário Geral seja capaz de apresentar, defender e converncer com alternativa às políticas em curso.
Agora o mais importante, é o PS discutir-se a si próprio, bem antes de se apresentar ao eleitorado e interessar cidadãos, para além do partido, na participação política.
O início e o fim  do debate foram muitos crispados. Gostaria que tivesse sido diferente.
Assis foi, como é seu timbre, torrencial. Seguro assumiu uma serenidade e propostas concretas como alternativa àa observações críticas que fez ao actual Primeiro Ministro. Revela uma atitude reflectida, um conhecimento assumido. Assis voou com as palavras, mas não aterrou em sítio nenhum.
"...Mas quem és tu?", perguntou Assis a Seguro, fazendo um plágio de outro camarada que, apesar de ter estado com ele no Governo, Direcção do Partido e Assembleia, afirmou "conheço-o mal".
Este "tique" de arrogância prejudicou o PS em vários momentos da sua vida política. É o escape natural de quem não tem razão ou assume uma pseudo superioridade intelectual funcionando como uma espécie de rolo compressor sobre a verdade dos factos.
Curioso, no entanto, é António Seguro, ao longo dos anos, sobretudo destes últimos, ter assumido as suas discordâncias nos órgãos próprios do PS a que pertencia, ter publicado regularmente as suas opiniões, agora editadas em livro, e ter sido solidário, sempre, com o partido, nas frentes parlamentar e governamental.
Estranho é não se ter conhecido nada do que pensava Assis, no tempo próprio, nem nenhuma atitude nos órgãos próprios do partido, sobretudo no Secretariado Nacional de que fazia parte e que poucas vezes reunia. Nem isso foi observado.
O eleitorado deu conta e é curioso que muitos insistam em não pensar que entre a nossa actuação colectiva, de que todos somos responsáveis, e os eleitores exista uma diferença de 10% que nos derrotou. Não há pior cego do que aquele que não quer ver, diz o povo e tem razão!

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