terça-feira, 19 de julho de 2011

A COMISSÃO EUROPEIA DESVALORIZOU QUAISQUER DESVIOS NAS CONTAS PÚBLICAS

Bruxelas estranha desvio colossal nas contas públicas
Luís Rego em Bruxelas
A Comissão Europeia desvalorizou quaisquer desvios nas contas públicas portuguesas avisando oficialmente que se concentrará a avaliar a execução do programa de ajustamento em meados de Agosto.
Uma fonte comunitária conhecedora dos trabalhos da Troika considerou ontem "estranho" um desvio tão considerável, como aquele que está a ser avançado em Portugal, dado que "as contas do país foram escrutinadas em grande detalhe" nos últimos meses pelas autoridades internacionais.
Não só uma missão técnica da Comissão e BCE esteve em Lisboa entre Fevereiro e Março, tendo identificado um desvio de oito décimas que precisou de ser complementado por novas medidas, como algumas semanas depois nova missão de mais de 30 técnicos, desta feita com o FMI, voltou a inspeccionar os números. Uma coisa são "desvios decorrentes da actividade económica", outra são "despesas escondidas", explicou, esperando que a questão se clarifique durante a próxima missão a Lisboa.
Depois de ter prometido não atirar culpas para o anterior Executivo, Pedro Passos Coelho, o primeiro-ministro de Portugal, anunciou este Domingo que vai apresentar até ao final de Agosto um novo pacote de medidas de contenção para cobrir um desvio de cerca de dois mil milhões de euros descoberto nas contas públicas.
A porta-voz da Comissão Europeia, Amélia Torres, remeteu ontem para a reavaliação do programa dentro de um mês.

Ó PP TU É QUE ÉS ESPECIALISTA
 EM INVENTAR GRÁFICOS!!

"A primeira missão da Troika, que vai verificar se os objectivos em termos de consolidação orçamental estão a ser preenchidos, terá lugar em finais de Julho, princípios de Agosto, e é aí que se verá se estamos numa boa trajectória", explicou.
A única coisa que interessa em Bruxelas é que o desafio orçamental, tal como ele existe, esteja a ser respondido com as medidas necessárias, sejam as que estão no programa ou outras se necessárias.
A porta-voz saúda "as medidas anunciadas pelo Governo há algumas semanas atrás, e também o facto de o Governo estar disposto a adoptar novas medidas, caso sejam necessárias".

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