Fernando Gonçalves |
Os que assistiram tiveram uma oportunidade irrepetível para ouvir o "pai" do SNS fazer a sua história e defender a sua consolidação.
O clube de política Novos Horizontes é uma organização jovem, criada por jovens, com o enquadramento estatutário do PS. Não aspirando a outro objectivo que não seja o de abrir o debate político à sociedade civil, tem a liberdade de convidar quem entender, mesmo de famílias políticas adversárias, as personalidades que pela sua vida fazem a diferença no pensamento e na acção.
António Arnaut |
Cílio Correia, Director Clínico do Hospital, foi o moderador, função que exerceu com distinção e a capacidade de quem dá à cultura e às coisas da leitura.
O tema foi de grande oportunidade ou não se discutisse "hoje", na praça pública, em momento de viva campanha eleitoral, a sua gratuitidade constitucional e sustentabilidade financeira por parte do Estado. António Arnaut defendeu a sua "dama" no contexto ético que decorre de um pensamento livre. Afirmou a unanimidade do direito à saúde afirmada e vestida de lei pelos Deputados Constituintes. Recordou a aprovação, por proposta sua, enquanto ministro da república, do SNS com os votos do PS e da esquerda contra a vontade da direita. Revelou a tentativa da sua revogação por Pinto Balsemão e alguns "pecadilhos" do próprio PS.
Numa linguagem desassombrada, que não foi parca no apontar do dedo em todas as direcções, ressalvou que o SNS não deve ter paternidades especiais, porque de todos quadrantes ideológicos surgem vozes que estiveram na sua origem e na sua defesa. Explicou mesmo porque de Paulo Mendo a Adriano Moreira, da social democracia à democracia cristã, tinha e tem vozes que o defendem. E disse, com ironia, que tal como no PSD há social-democratas, no PS também há socialistas que se mantêm fieis ao seu pensamento original.
Ética, solidariedade, igualdade no acesso, gratuitidade sustentável, foram valores que António Arnaut sustentou e que a plateia aplaudiu.
Pela minha parte, entre pequenos apontamentos, lembrei que o Hospital Central de S.Teotónio era considerado ao longo dos últimos anos o 4º com melhor desempenho a nível nacional e que isso acontecia com resultados financeiros positivos.
Esse facto, enfatizei, demonstra que o SNS pode funcionar com qualidade e sustentabilidade.
Esse desempenho apenas depende da capacidade que todos os profissionais lhe emprestam e que aquele era o momento de lhes tributar um reconhecimento público que tantas vezes tarda em chegar.
O 4ª com MELHOR DESEMPENHO A NÍVEL NACIONAL E COM SUS TENTABILIDADE FINANCEIRA |
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