sábado, 23 de abril de 2011

METÁFORA DE MIGUEL RELVAS CAI MAL e APOUCA MARROCOS E PORTUGAL

Embaixada marroquina não gostou de ver país como exemplo de fraca produtividade.
"Enquanto produzirmos como marroquinos não podemos gastar como alemães». A frase do social-democrata Miguel Relvas caiu mal na embaixada de Marrocos em Lisboa.
Apesar de não ter havido nenhum protesto formal junto da sede do PSD, o SOL sabe que Karima Benaichy, embaixadora marroquina em Portugal, não gostou da imagem usada pelo secretário-geral do PSD num debate sobre jornalismo e política organizado pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISCEM), em Lisboa, na semana passada.
«Marrocos tem tido taxas de crescimento económico na ordem dos 5% a 6% ao ano. Não faz sentido estar a usar o país como exemplo de baixa produtividade», disse ao SOL uma fonte da embaixada de Marrocos.
As palavras de Miguel Relvas foram mal recebidas entre os marroquinos, que são considerados a quinta economia africana e têm tentado estabelecer relações privilegiadas com os portugueses nos últimos anos.
«Rabat está a 50 minutos de Lisboa e o natural era haver uma relação de grande proximidade», sublinha a mesma fonte, que viu «desconhecimento» no comentário do social-democrata.
José Sócrates foi um dos grandes impulsionadores das relações luso-marroquinas e ainda em Junho do ano passado, na 11.ª Cimeira entre os dois países, sublinhava «a grande vontade de cooperação económica» com Marrocos - país que é, fora da Europa, o sétimo mercado para as exportações portuguesas.
Contactada pelo SOL, a embaixada de Marrocos em Portugal não quis fazer comentários. «É um assunto que não vamos comentar», diz fonte oficial da embaixada.
margarida.davim@sol.pt

Sem comentários:

Enviar um comentário