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“Eu não sou dos que fogem, (…) eu não viro a cara às dificuldades. A minha responsabilidade é lutar, dar o meu melhor e honrar a confiança dos portugueses”, disse no discurso de abertura do XVII Congresso Nacional do PS, na primeira vez em que as suas palavras fizeram levantar a plateia dos delegados socialistas.
Depois, já na parte final do seu discurso, que se caracterizou por estar repleto de críticas ao PSD, sobretudo ao seu presidente, Pedro Passos Coelho, o líder dos socialistas procurou dramatizar e bipolarizar a escolha que os portugueses farão nas eleições de 05 de junho.
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“A escolha vai ser entre um Governo liderado pelo PS ou um Governo liderado pelo PSD”, sustentou, considerando que os votos no Bloco de Esquerda e no PCP “serão desperdiçados” pela esquerda.
“Eu não tenho medo das eleições, nem do julgamento democrático dos portugueses. Lutarei, com alegria, pela vitória” Sócrates
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“Os votos desperdiçados à nossa esquerda são votos que favorecem o caminho da direita para o poder.
E, francamente, já basta o que basta: O sectarismo, a cegueira contra o PS do PCP e do Bloco de Esquerda levaram-nos, primeiro, à apresentação de moções de censura contra o Governo e depois a aliarem-se à direita para derrubar o Governo e oferecer à direita a oportunidade de conquistar o poder. Mais: para oferecer ao Fundo Monetário Internacional (FMI) a oportunidade de entrar em Portugal”, disse, em novas críticas a estas forças políticas.
Mas o PSD foi o partido mais visado pelo secretário-geral do PS, acusado de ter passado “todas as marcas da leviandade” ao abrir uma crise política em Portugal, na sequência do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC).
“Os portugueses percebem muito bem que esta crise política foi um desastre, uma inconsciência, uma total irresponsabilidade. E sabem que se alguém é capaz de prejudicar assim o seu país apenas para satisfazer os seus interesses partidários é porque não está à altura das responsabilidades deste momento e não está à altura de liderar o Governo de Portugal”, acusou o líder do executivo.
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Na sua intervenção, José Sócrates procurou também demarcar-se de qualquer responsabilidade no recente agravamento da crise financeira, que motivou o podido de ajuda externa por parte do Estado Português, culpando, antes, o PSD
“A direção do PSD terá as eleições que tanto desejou, mas atenção: Uma coisa é ter eleições, outra bem diferente é ganhá-las, porque para ganhar eleições é preciso merecê-lo – e esta crise política mostrou que esta direção do PSD merece tudo menos ganhar eleições”, sustentou.
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