Desloquei-me ao concelho de Sátão para assinar um contrato de Cooperação Técnica e Financeira com a autarquia Alexandre Vaz, Presidente social-democrata, tinha apresentado uma candidatura para recuperação dos Paços do Concelho que o Governo seleccionou.
O edifício tem uma arquitectura típica do Estado Novo. Na altura, foi mandado construir pelo Presidente Dr. Carlos Xavier de Sá, médico de profissão. Agora, muitas décadas depois, vai ser intervencionado de modo a criar maior funcionalidade, melhores condições para os trabalhadores e munícipes e uma acessibilidade adequada para as pessoas com necessidades especiais.
A intervenção é contida e esse facto revela um outro olhar no poder local: fazer o que é estritamente necessário para que tudo se modernize e ganhe funcionalidade.
O Presidente agradeceu a comparticipação do Governo em 50% e, na ocasião, elogiei a iniciativa, as boas finanças da autarquia, sublinhando, a este propósito, que a Lei das Finanças Locais funciona bem quando a gestão é competente e quando os gestores não dão passos maiores do que a perna, como é o caso.
Lembrei a boa cooperação entre o Governo e a autarquia, enunciando alguns bons exemplos: o novo Centro de Saúde, o Julgado de Paz, o Centro Escolar, a Variante à vila, a rectificação e conservação da ligação a Viseu e a conclusão do projecto para um novo corredor rodoviário entre os dois concelhos, bem como o apoio a 10 instituições de solidariedade social, mais de 6200 euros todos os dias, contribuindo, assim, para manter cerca de 170 postos de trabalho na chamada economia social.
Estes exemplos, alguns entre os muito possíveis, provam a boa articulação entre o Governo e a Administração Local, ainda que com responsáveis de partidos políticos diferentes, facto que só qualifica a democracia e a política.
No final, assinei o Livro de Honra, a convite do Presidente da Câmara.
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